Aliança global contra fome e desigualdade será resultado da presidência do Brasil no G20, diz Lula

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São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o presidente croata Zoran Milanovi nesta segunda-feira pela tarde. Segundo Lula, a aliança global contra a fome e a desigualdade será resultado da presidência do Brasil no G20. O presidente também falou sobre a COP30 e os conflitos geopolíticos na Ucrânia e em Gaza.

Lula agradeceu o apoio da Croácia em relação à tragédia que acomete o Rio Grande do Sul há mais de 20 dias. Catástrofes como as do Rio Grande do Sul confirmam que já vivemos as consequências das mudanças climáticas. Essa prioridade estará presente nos grandes eventos que sediaremos neste ano e no próximo, o G20 e a COP 30, disse. Contudo, ele afirma que a meta do Acordo de Paris de manter o aquecimento global entre um grau e meio e dois é insuficiente.

O presidente mostrou aproximação entre os dois países. A Croácia também está buscando avançar na área de hidrogênio de baixo carbono. Temos muito interesse na troca de experiências sobre transição energética. Por outro lado, ele coloca que os países do sul global não terão condições de adotar metas robustas sem financiamento e transferência de tecnologias. Esse é um tema que teremos que enfrentar já na COP de Baku, complementou.

Lula também citou a atuação do G20 Social, que irá acolher as opiniões da sociedade civil, segundo ele.

Ele também chamou de extremismo político o que está ocorrendo entre países como a Rússia e a Ucrânia e Israel e a Faixa de Gaza. O presidente também aludiu, de certa forma, à atuação da extrema direita no Brasil com essa fala. Para enfrentar o totalitarismo precisaremos unir todos os democratas. Segundo ele, a Croácia e o Brasil coincidem no interesse pelo multilateralismo.

O presidente reforçou o rechaço à invasão da Ucrânia por parte da Rússia e reafirmou o interesse brasileiro pelo cessar-fogo na Faixa de Gaza e pela libertação dos reféns e entrada de ajuda humanitária na região. Segundo o presidente, o diálogo direto a desescalada dos conflitos devem ser os próximos passos. É fundamental que a comunidade internacional trabalhe para a solução de dois estados, vivendo lado a lado em segurança. O recente reconhecimento do Estado Palestino por Espanha, Noruega e Irlanda é um passo importante nessa direção, concluiu.