São Paulo, SP – A Allos divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 105,3 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 10,5 milhões registrado no mesmo período de 2023 (3T23). De janeiro a setembro, o lucro
líquido foi de R$ 511,18 milhões, queda de 82,6% em relação aos nove primeiros meses de 2023.
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 468 milhões, alta de 6,6% em relação ao 3T23. De janeiro a setembro, o Ebitda ajustado foi de R$ 1,357 bilhão, alta de 5,1% em relação aos nove primeiros meses de 2023. A margem recuou 1,3 ponto percentual, fechando em 72,8%. De janeiro a setembro, a margem ajustado foi de 72,2%, que de 0,8 ponto percentual em relação aos nove primeiros meses de 2023.
Em relação aos indicadores financeiros, a receita líquida foi de R$643 milhões no 3T24, um
crescimento de 8,5%, em relação ao 3T23, impactada pelos aumentos de 30% em mídia e de 13% em estacionamento. A Helloo segue ganhando relevância, e como percentual da receita total da Companhia, as receitas de mídia atingiram 6,7% no 3T24 versus 5,6% no 3T23, um incremento de 110 bps. A receita de locação atingiu R$472 milhões, o que representa uma variação positiva de 2,9% em relação ao 3T23. O SSR e o SAR também apresentaram crescimentos consistentes de 4,2% e 4,9%, respectivamente.
Além da performance operacional, o avanço das receitas de serviços, principalmente pelo aumento de 47,3% em receitas de serviços de mídia, contribuíram para a performance do indicador. Considerando a equalização trimestral do efeito da harmonização da remuneração dos colaboradores da ALLOS, ocorrida no 4T23, o EBITDA apresenta crescimento de 8,6% em relação ao 3T23 harmonizado.
No 3T24, o FFO por ação cresceu 37,2%, impulsionado pelos programas de recompra de ações executados desde o 4T23, reforçando o compromisso da ALLOS em retornar capital ao acionista. O FFO atingiu R$307,2 milhões, com crescimento de 27,7% comparado com o mesmo período do ano anterior. A margem FFO alcançou 47,8%, 7,2 p.p. maior que no mesmo período em 2023. A variação positiva do indicador no trimestre reflete, além do desempenho operacional, os efeitos das ações de gestão de passivo, um maior saldo médio de caixa e maior eficiência fiscal.
No 3T24, o NOI da ALLOS atingiu R$556,1 milhões, já considerando o efeito de provisão de
devedores duvidosos (PDD). O indicador apresentou crescimento de 4,5% versus o mesmo período do ano anterior, impactado principalmente pelo avanço de receita de locação e do resultado de estacionamento, que manteve sua trajetória ascendente no patamar de dois dígitos de crescimento ao longo do trimestre.
O custo médio da dívida da ALLOS foi de 11,9% no 3T24 (versus 12,5% no 2T24), o que equivale à taxa de CDI + 0,8%. O patamar alcançado decorre das ações de gestão de passivos realizadas nos últimos trimestres. No 3T24, a relação Dívida Líquida / EBITDA da Companhia foi de 1,7x. Ao final de setembro de 2024, a exposição das dívidas da ALLOS atrelada ao índice CDI era de 90,6%.
A ALLOS apresentou geração operacional de caixa de R$1.336,4 milhões nos nove primeiros meses de 2024. A variação do saldo de caixa pode ser explicada, em grande parte por recebimentos pelos desinvestimentos; amortizações de principal e juros de financiamentos e novas captações recompra de ações; pagamento de dividendos; Capex; e outras iniciativas alinhadas ao planejamento estratégico de longo prazo da Companhia.
No terceiro trimestre de 2024, a ALLOS atingiu R$9,5 bilhões em vendas totais. O crescimento mesmas bases versus o 3T23 foi de 8%, com destaque para o mês de agosto que apresentou crescimento de 12,1% em relação ao mesmo período de 2023. No 3T24, as vendas/m2 alcançaram R$1.862, com variação positiva de 9,2% versus o 3T23, evidenciando os efeitos positivos da gestão de portfólio e curadoria de mix.
O indicador vendas mesmas lojas (SSS) apresentou crescimento de 6,2% no trimestre e de 5,4% 9M24. No acumulado do ano, os segmentos de maior destaque foram: Acessórios, Itens de Beleza e Joalherias (+11,2%); Conveniência, Serviços, Lazer e Outros (+6,0%); e Alimentação (+5,1).
As novas lojas também contribuíram positivamente para as vendas no período, registrando aumentos de 20,9% e 29,1% no 3T24 e no acumulado do ano, respectivamente. Além disso, contribuíram para que o indicador de vendas mesmas áreas (SAS) apresentasse um crescimento de 6,9% no 3T24.
As vendas/m2 no 3T24 atingiram R$1.862, um aumento de 9,2% frente ao mesmo período do ano anterior. Esse patamar de vendas/m2 reflete, em mais um trimestre, a trajetória de crescimento consistente que a Companhia vem apresentando desde 2019, a um CAGR de 7,7% no período, versus um IPCA médio para o mesmo período de 6%, o que representa um crescimento total de 45,2%.
No final do terceiro trimestre de 2024, a taxa de ocupação atingiu 96,4%, apresentando um crescimento de 0,7 ponto percentual em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento demonstra a eficiência da equipe comercial e a crescente atratividade do portfólio de shoppings da Companhia. A inadimplência líquida foi de -0,5%, com redução de 104 bps na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, refletindo uma melhora relevante na saúde financeira dos lojistas.