São Paulo – O prejuízo líquido consolidado da Alpargatas no segundo trimestre de 2023 foi de R$53,1 milhões, revertendo lucro líquido de R$ 48,2 milhões no mesmo período de 2022. Desconsiderando o efeito dos itens extraordinários, o prejuízo líquido normalizado seria de R$ 43,4 milhões, ante lucro líquido normalizado de R$ 63,3 milhões um ano antes.
A companhia citou prejuízo líquido normalizado de Havaianas, de R$37,0 milhões, ante lucro de R$ 113,5 milhões no 2T22 e resultado financeiro líquido negativo em R$ 32,8 milhões e disse que o aumento das despesas financeiras é explicado pela maior alavancagem e pelo aumento do CDI impactando o custo médio da dívida.
A receita líquida no trimestre somou R$ 926,4 milhões, baixa de 12,7% na comparação anual. A queda de 20,8% nos volumes vendidos foi a principal causa dessa variação. No ano, a receita caiu 8%, para R$ 1,8 bilhão no 1S23.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi negativo em -R$ 8,3 milhões, revertendo resultado positivo de R$ 177,8 milhões no 2T22. O ebitda normalizado da companhia foi de R$ 4,8 milhões, com margem ebitda de 0,5%. Os resultados foram impactados pelo menor volume vendido no trimestre, além das pressões adicionais em custos e despesas operacionais.
O custo dos produtos vendidos apresentou aumento de 8,1% na comparação anual ao atingir R$548,7 milhões no 2T23.
O caixa líquido da Alpargatas somava R$ 925,6 milhões ao final do período, ante endividamento de R$ 57,8 milhões no 2T22. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda, passou de -0,1 vez no 2T22 para 2,3 vezes em 2023.