Alta na dívida de curto prazo está sendo monitorada, diz Waldery

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São Paulo – O aumento na dívida de curto prazo do Brasil está sendo “monitorado e tratado com bastante atenção”, disse o secretário da Fazenda, Waldery Rodrigues, durante audiência com uma comissão mista do Congresso Nacional.

“A dívida vincenda nos próximos 12 meses aumentou em relação ao ano passado. O que estamos fazendo é no dia a dia vendo custos e benefícios na alocação”, disse ele, acrescentando que o prêmio de risco embutido nas taxas de juros das LFTs – os títulos da dívida atrelados à taxa básica de juros, a Selic – diminuiu em relação aos níveis observados no final de setembro e começo de outubro.

Os dados mais recentes divulgados pelo Tesouro mostram que os títulos da divida pública a vencer em 12 meses passaram de 21,65% do total em agosto para 26,03% em setembro – ou R$ 1,178 trilhão.

As taxas exigidas pelo mercado para ficar com estes papéis aumentaram até dez vezes no início de outubro em relação aos níveis observados até meados de setembro, em parte por receios com a possibilidade de o governo prorrogar os estímulos fiscais adotados durante a pandemia para 2021.

Em meados de outubro, as taxas devolveram parte da alta, mas ainda estão até cinco vezes maiores do que em setembro para os papéis com vencimento em 2023 e em 2025.