São Paulo, SP – A Americanas divulgou hoje uma antecipação dos indicadores financeiros gerenciais, não auditados, que refletem o desempenho operacional em 2023 e no primeiro
trimestre de 2024 (1T24), assim como atualizações sobre a execução do Plano de Recuperação Judicial (PRJ).
Segundo o comunicado, o lucro bruto em 2023 foi de R$ 4,385 bilhões, e no primeiro trimestre deste ano chegou a R$ 1,267 bilhão. Na receita líquida, a varejista alcançou R$ 14,940 bilhões em 2023, e R$ 3,759 bilhões no primeiro trimestre de 2024. A companhia fechou 2023 Ebitda ajustado negativo de R$ 1,622 bilhão, e registrou um Ebitda ajustado positivo de R$ 284 milhões no 1T24.
O Ebitda Ajustado exclui despesas relativas à recuperação judicial e investigação, impairment, baixas de ativos e haircut/desconto em contingências e em fornecedores por conta da aprovação do PRJ.
“A companhia terminou o ano de 2023 com queda da receita líquida consolidada quando comparada ao ano anterior, resultado da estratégia adotada de redução do varejo
digital, sobretudo do 1P. Em contrapartida, o varejo físico apresentou melhora gradual a partir do segundo trimestre de 2023 em virtude da normalização do fornecimento de produtos, mudança no sortimento e no aperfeiçoamento da precificação. Essa tendência positiva se manteve no 1T24 e foi amplificada em março de 2024, em razão do forte desempenho na Páscoa (que em 2023 ocorreu no segundo trimestre)”, explicou o comunicado.
Segundo a Americanas, o Ebitda ajustado em 2023, apesar de ainda negativo, melhorou em termos absolutos quando comparado com o de 2022, principalmente pela expansão da margem bruta. Além disso, ao longo de 2023 e 1T24, a companhia veio progressivamente adequando sua estrutura aos novos níveis de receita, com reduções de despesas com vendas, gerais e administrativas.
AUMENTO DE CAPITAL
Em 21 de maio de 2024, foi aprovado em assembleia geral extraordinária da Companhia, dentre outros assuntos, o aumento de capital social da Companhia, no valor de, no
mínimo R$ 12.268.754.635,80, e, no máximo, R$ 40.733.620.278,00, com a emissão de, no mínimo 9.437.503.566, e, no máximo, 31.333.554.060 novas ações ordinárias
(Novas Ações), ao preço de emissão de R$1,30 por ação, bem como a emissão de no mínimo, 3.145.834.522, e no máximo, 10.444.518.020 bônus de subscrição, atribuídos
como vantagem adicional aos subscritores das novas ações, na proporção de 1 bônus de
subscrição para cada grupo de 3 ações subscritas.
O prazo para exercício do direito de preferência para subscrição de Novas Ações no contexto do Aumento de Capital teve início em 22 de maio e se encerrará em 21 de junho. Os acionistas ou cessionários de Direito de Preferência poderão manifestar seu interesse na reserva de eventuais sobras de Novas Ações, durante o prazo para exercício do Direito de Preferência, no respectivo boletim de subscrição de ações.
A reunião do Conselho de Administração da Companhia para a homologação do Aumento de Capital deverá ocorrer em 11 de julho de 2024. Na mesma data, a companhia divulgará aviso aos acionistas com o resultado do Aumento de Capital e a nova composição acionária, já considerando a aplicação do Grupamento sobre as ações e os bônus de subscrição. A Companhia estima que as ações e bônus de subscrição da Americanas passem a ser negociáveis grupados e exercíveis em 17 de julho de 2024, observados os termos do Acordo de Lock-Up, anexo ao PRJ.
A liquidação da oferta de novas debêntures e pagamento em caixa para os credores da companhia que escolheram Opção de Reestruturação II, nos termos do PRJ, também deverá ocorrer até o dia 12 de julho de 2024.