Analistas apontam recuperação mais fraca de Azul e Gol

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São Paulo – Em relação aos dados preliminares de tráfego do 2T22 reportados pela Azul, o BTG Pactual disse que o negócio de carga permaneceu sólido ao longo do trimestre, principalmente impulsionado pelo crescimento do comércio eletrônico, que continua a acelerar.

Os analistas esperam que os rendimentos de passageiros aumente 13% na base trimestral, refletindo o repasse de custos (principalmente combustível e câmbio) e assim, assumem que a receita líquida terá alta de 19% ante a do 1T22, para R$ 3,8 bilhões, EBIT e EBITDA de equilíbrio de R$ 469 milhões (-21%), refletindo maiores custos de combustível apesar de melhores receitas.

“Nossa estimativa do resultado final aponta para um prejuízo de R$ 679 milhões. Os investidores devem estar atentos a rendimento e mix de produtos; desalavancagem e manutenção da liquidez; e tendências dos preços dos combustíveis”, comentaram os analistas do BTG Pactual.

A Genial Investimentos disse que, após a Gol e Azul divulgarem os dados de tráfego aéreo relativos ao mês de junho, de maneira geral, os números reportados nos mostram uma desaceleração na recuperação do setor. “A queda da taxa de ocupação, embora tenha um efeito sazonal, passa a gerar preocupações. Os constantes reajustes de combustível e podem não se refletir em repasse integral de preços. No comparativo pré-pandemia, vemos que a Gol ainda segue abaixo enquanto Azul segue apresentando crescimento”, disse a corretora.