Analistas gostam do resultado da CSN, mas ação fecha em queda

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São Paulo – Os papéis da CSN fecharam na ponta negativa do Ibovespa, após a apresentação dos resultados do segundo trimestre, ontem à noite, e teleconferências com analistas, que elogiaram o resultado com números acima de suas projeções. Ao final das negociações, a ação CSNA3 recuou 2,79%, a R$ 45,57 e foi a segunda maior queda do índice, atrás da Natura (NTCO3), que caiu 6,38%.

A Ativa analisou positivamente os números apresentados pela companhia em todos os seus segmentos, com resultado acima do esperado, destacando a geração de caixa, favorecida principalmente pelo aumento no preço médio dos produtos siderúrgicos e pelo avanço na cotação do minério de ferro, que levou a companhia a ultrapassar a meta de 1 vez para o fim de 2021, encerrando o semestre com a relação entre a dívida líquida e ebitda em 0,6 vez.

“Por outro lado, a companhia registrou aumento significativo de 48,2% nas despesas com vendas devido às despesas de distribuição de um volume 14% maior na comparação trimestral de minério de ferro no mercado externo, porém, não gerou impacto significativo no ebitda da companhia”, disse a Ativa, em comentário logo após a teleconferência da CSN.

Mais cedo, em relatório, o Credit Suisse disse que os resultados da holding superaram suas estimativas, enquanto os da mineração vieram em linha com o esperado e acima do consenso e manteve a sua classificação de “outperform” (equivalente à compra) para as ações da companhia.

“Nós acreditamos que os preços do minério de ferro devem permanecer favoráveis ​​ao longo de 2021, acima de US$100 por tonelada, com demanda melhor do que o esperado e que o ambiente de preços no setor siderúrgico brasileiro deve continuar proporcionando impulso para os resultados da CSN”, disseram os analistas do banco suíço.

Eles também citaram expectativa de queda da alavancagem para 0,2 vez, auxiliada por um rendimento de fluxo de caixa livre de 31% ao longo do ano.

O BTG Pactual também reiterou sua avaliação de compra para as duas empresas, considerando que os resultados vieram acima do esperado, impulsionados pelos altos preços e vendas de aço, elevando as margens, a geração de caixa e reduzindo o endividamento.

“Nos últimos anos, a CSN conseguiu reduzir sua alavancagem de quase 8 vezes para o que é agora uma das histórias de desalavancagem de maior sucesso em nossa cobertura. Continuamos a ver valor na CSN, que está bem posicionada para se beneficiar dos fortes ventos favoráveis ​​em seus negócios de minério de ferro e aço”, disseram os analistas do BTG.