Apesar de volumes melhores, custos devem impactar 4T19

1788

São Paulo – Os volumes de bebidas vendidos pela Ambev no quarto trimestre de 2019 devem ter crescimento próximo a 2% em comparação a igual período de 2018. Por outro lado, o dólar mais caro deve pressionar os custos da empresa na divisão de bebidas alcoólicas e impactar o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

“Esperamos que a margem caia 44,6% no período, ante 50,4% um ano antes”, diz o BB Investimentos, em relatório.

Para a área de bebidas não alcoólicas no Brasil, o BB Investimentos estima crescimento de 10% em volume, seguindo a tendência positiva vista no terceiro trimestre, embora a base de comparação com os três últimos meses de 2018 seja mais fraca. Nesta divisão, a corretora considera custos menores na comparação anual e estima uma margem de 38,5% em relação a 31,9% observada um ano antes.

O Itaú BBA, por sua vez, projeta um crescimento de 1,5% nos volumes da área de cervejas da companhia, além de menores perdas de participação de mercado no trimestre. Na área de refrigerantes a estimativa é de alta de 10%.

“Prevemos que uma aceleração das vendas do setor no quarto trimestre de 2019 possa ter ajudado os volumes da empresa no Brasil, mas a lucratividade provavelmente ainda está atrasada”, disse o banco.

Veja abaixo a média das projeções coletada pela Agência CMA. A variação foi calculada com base no quarto trimestre de 2018.

LUCRO LÍQUIDO AJUSTADO: R$ 4,198 bilhões, alta de 13%

RECEITA: R$ 16,365 bilhões, alta de 2,17%

EBITDA AJUSTADO: R$ 7,190 bilhões, queda de 3,81%

Nesta prévia foram utilizados dados da corretora Necton, Itaú BBA, Santander, BB Investimentos e BTG Pactual. Os resultados da Ambev serão divulgados amanhã (27), antes da abertura do mercado.