São Paulo – O acompanhamento diário da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontou, nesta sexta-feira, que o litro da gasolina e do diesel nas principais refinarias do País estavam 9% e 3% mais altos, respectivamente, em média, que o preço no exterior. No caso da gasolina, a variação de hoje representa R$ 0,22 mais cara, e no diesel, R$ 0,10, em média, acima do preço de paridade de importação (PPI). Ontem (7), os dois combustíveis estavam 7% acima do preço internacional. O parâmetro usado para a comercialização desses combustíveis pelos importadores brasileiros é preço praticado no Golfo do México.
Já nos polos operados pela Petrobras, a medição de hoje indicou as mesmas variações (9% e 3% acima da paridade internacional, em média, na gasolina e no diesel), ante 7% (R$ 0,17) mais cara na quinta-feira (7), no caso da gasolina, e 9% superior no diesel (R$ 0,32), nos mesmos polos.
O PPI foi calculado pela Abicom usando como referência os valores para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo nas cotações, considerando os fechamentos do mercado de 7 de dezembro.
Segundo a Abicom, “como a estabilidade no câmbio e redução nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional no fechamento de ontem, após o anúncio feito pela Petrobras de reduzir em 6,6% (R$ 0,27 por litro) o preço do óleo diesel, o cenário médio de preços está acima da paridade para o óleo diesel e para gasolina”, comentou a Abicom, no relatório desta sexta-feira.
A medição de hoje ocorreu no primeiro dia de vigência da redução linear média de R$ 0,27 por litro no diesel S10 e do 49o dia de vigência da redução de R$ 0,12 por litro na gasolina, pela Petrobras, respectivamente, em 8 de dezembro e 21 de outubro. Na última quarta (6), a Acelen, no Polo Aratu-BA, reduziu os preços do óleo diesel A em R$ 0,1473 por litro e da gasolina A em R$ 0,07 por litro. Com isso, os preços médios do óleo diesel e da gasolina operam acima da paridade em todos os polos analisados.
A taxa de câmbio Ptax, calculada diariamente pelo Banco Central, fechou na sessão de ontem (7) operando em patamar elevado (no fechamento, em R$ 4,89) e pressionando os preços domésticos dos produtos importados, acrescentou a associação.
A entidade também registrou que a oferta apertada do petróleo segue pressionando os preços futuros da commodity.