Após primeiro dia de atos por aumento salarial, servidores devem manter mobilização nas próximas semanas

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Brasília – As lideranças dos servidores federais avaliaram como positivo o primeiro dia de mobilização por reajuste salarial e marcaram atos para as próximas duas semanas. “Os atos de hoje, a mobilização nas redes e a cobertura da mídia foram suficientes para dar o recado ao governo: tem 1,1 milhão de servidores na expectativa de que o governo defina sua política salarial”, afirmou o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques.
Segundo Marques, na próxima quinta-feira será realizado um ato nacional virtual, com lideranças da categorias e servidores. No dia 2 de fevereiro, a manifestação será no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira foram realizados dois atos em Brasília – no Banco Central e no Ministério da Economia -, bem como manifestações nas capitais estaduais, com a participação de funcionários do Executivo, Legislativo e Judiciário.
Marques destacou que esta é uma mobilização inédita no governo Jair Bolsonaro. “O primeiro passo foi dado. Esse primeiro passo é muito importante porque mostra o rumo da caminhada. Essa caminhada vai continuar até que tenhamos a reposição salarial”, completou. Os servidores querem um aumento salarial linear de 27% para recompor as perdas acumuladas desde 2017. As entidades representativas dos servidores pediram uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tratar da reposição salarial.
A mobilização dos servidores é uma reação à decisão do presidente Jair Bolsonaro de conceder aumento a carreiras da segurança pública – Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional -, cuja verba de R$ 1,7 bilhão foi incluída no Orçamento Geral da União de 2022. Outros R$ 800 milhões, dentro do orçamento da saúde, vão para a correção do piso salarial dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias.