Aprovação de CFO indicado por Prates pode reduzir próximo pagamento de dividendos-BTG

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Foto: Divulgação/Petrobras

São Paulo – A indicação de Sergio Caetano Leite ao cargo de diretor executivo financeiro (CFO) da Petrobras pelo presidente da empresa, Jean Paul Prates, na noite da última sexta-feira (17/2), já era esperada e pode representar uma redução no pagamento dos dividendos com os resultados do quarto trimestre que serão apresentados no próximo dia 1 de março pela companhia, opina o BTG Pactual.

“É importante observar que o CFO anterior, Rodrigo Araujo, foi um dos principais apoiadores da política de dividendos da empresa. Dependendo da rapidez com que os novos nomes forem aprovados, a probabilidade de outro pagamento com o próximo resultado de ganhos (1/3) pode diminuir. No entanto, ainda esperamos que a diretoria ainda siga a atual política de dividendos da companhia, com um pagamento menor ou nenhum pagamento potencialmente sendo visto pelo mercado como um sinal de mudança”, comentaram os analistas do BTG Pactual, em relatório a clientes.

O BTG Pactual considera que a maioria das indicações foi altamente técnica, incluindo a de Sérgio Caetano Leite — na sexta-feira, a Petrobras também anunciou a indicação de Clarice Coppetti para a diretoria executiva de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade. Outros nomes anunciados foram: Claudio Schlosser (Comercialização e Logística); Carlos Travassos (Desenvolvimento da Produção); Joelson Falcão (Exploração e Produção); William França (Refino e Gás Natural); e Carlos Augusto Barreto (Transformação Digital e Inovação).

“Com uma equipe de gestão totalmente renovada, esperamos que a agenda de Prates mude para uma velocidade máxima. Segundo nosso entendimento, todos os sete nomes estão sendo analisados pelos comitês internos da Petrobras e poderá ser aprovado nos próximos dias”, avalia o BTG.

Dada a incerteza crescente e nebulosidade dos fundamentos, o BTG recomenda que os investidores permanecem à margem até que a visibilidade das novas políticas da empresa relacionadas a dividendos, preço dos combustíveis e capex aumente, mantém a recomendação neutra para o papel.

Perto do fechamento, às 17h33 de Brasília, as ações da companhia PETR3 e PETR4 tinham queda de 2,12% e 2,38%, a R$ 29,06 e R$ 25,80, em dia de queda das cotações do petróleo no exterior e forte aversão a risco nas bolsas. O Ibovespa recuava 1,87%.