São Paulo, 26 de maio de 2022 – A arrecadação total das Receitas Federais atingiu, em abril de 2022, o valor de R$ 195.085 milhões, registrando acréscimo real (IPCA) de 10,94% em relação a abril de 2021. O número superou a expectativa de R$ 191,1 bilhões, divulgada pelos economistas do Bradesco em relatório.
No período acumulado de janeiro a abril de 2022, a arrecadação alcançou o valor de R$ 743.217 milhões, representando um acréscimo pelo IPCA de 11,05%. Importante observar que se trata do melhor desempenho arrecadatório desde 2000, tanto para o mês de abril quanto para o quadrimestre.
Quanto às Receitas Administradas pela RFB, o valor arrecadado, em abril de 2022, foi de R$ 172.026 milhões, representando um acréscimo real (IPCA) de 7,36%, enquanto no período acumulado de janeiro a abril de 2022, a arrecadação alcançou R$ 691.378 milhões, registrando acréscimo real (IPCA) de 8,48%.
Segundo documento divulgado pela Receita, O acréscimo observado no período pode ser explicado, principalmente, pelo crescimento dos recolhimentos, principalmente de IRPJ e CSLL.
Nos próximos meses, a arrecadação deve seguir em patamar elevado, ainda impulsionada por fatores inflacionários e pelos altos preços de commodities agrícolas e do petróleo no mercado internacional, avaliam os economistas do Bradesco.
“As surpresas arrecadatórias observadas no primeiro trimestre do ano indicam uma perspectiva positiva no curto prazo, mesmo que influenciada em parte por fatores conjunturais. No entanto, a manutenção de incertezas políticas e fiscais em meio à extensão do ciclo de alta da Selic representam ameaças à trajetória de aceleração das receitas, atuando como forças contrárias à capacidade do governo de gerar receitas no médio prazo”, explicam os analistas.
Dylan Della Pasqua / Agência CMA
