São Paulo, 17 de outubro de 2024 – A Assaí cortou pela metade a sua projeção de abertura de lojas em 2025 para cerca de 10 unidades, de 20 loja na previsão anterior, e anunciou investimentos entre R$ 1,0 bilhão a R$ 1,2 bilhão na visão caixa para o próximo ano, com uma estimativa de patamar de alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida sobre o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em cerca de 2,6x ao final de 2025, dado o crescimento do ebitda, assim como a redução da dívida líquida, resultado da revisão da expansão e do plano de investimentos. A empresa disse que revisou e incluiu expectativas para os anos de 2025 e 2026, após a aprovação do planejamento estratégico de 2025 pelo seu conselho de administração, considerando principalmente as recentes altas da taxa Selic e as mudanças nas expectativas da curva de juros para os próximos anos, influenciando diretamente o custo de carregamento da dívida líquida da companhia.
“Com o objetivo de acelerar o processo de redução da alavancagem financeira, a companhia decidiu postergar determinados projetos de novas lojas originalmente previstos para 2025”, comentou a administração da Assaí.
A previsão de investimentos considera que R$ 650-750 milhões serão destinados para a abertura de novas lojas; R$ 250-300 milhões em manutenção e novos serviços no parque de lojas existentes (açougue, padaria, empório de frios e self-checkout), cerca de 25% do montante da depreciação de 2024; e R$ 100-150 milhões em infraestrutura, novos sistemas (T.I.) e projetos de inovação.
Atualmente, a alavancagem da empresa está em 3,80 x e a estimativa para 2024 é encerrar o ano com menos de 3,20x.
A companhia ressalta que, “desde o início de 2021, mais de 120 lojas foram inauguradas – incluindo 64 conversões de hipermercados, um dos maiores projetos já feitos no varejo brasileiro , além de fortes investimentos para incluir novos serviços nas lojas, como as operações de açougue, fatiamento de frios e padaria. Esse intenso período de abertura de lojas antecipou em alguns anos a expansão do Assaí, e a aquisição dos pontos comerciais de hipermercados possibilitou a entrada em regiões estratégicas que dificilmente seriam acessadas por expansão orgânica”, disse, em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A companhia acrescenta que “as projeções estão sujeitas à realização de novas análises e/ou revisões pela administração que identifiquem indicadores diversos para as projeções apresentadas, inclusive em decorrência de alterações nas premissas utilizadas, observado que a revisão será, no mínimo, anual; são meras previsões, baseadas nas expectativas atuais da administração, sempre sujeitas a riscos e incertezas, e de forma nenhuma constituem, garantem ou preveem resultados; e dependem das condições do mercado em geral, do cenário econômico brasileiro, considerando a atual expectativa de curva de juros futura, e do setor em que a companhia atua”.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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