Assembleia legislativa de Minas Gerais abre CPI para investigar Cemig

559

São Paulo- A assembleia legislativa de Minas Gerais abrirá uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar irregularidades na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
“Nessa quarta-feira, 16 de junho, o requerimento, que contou com o apoio de outros 31 deputados, foi lido em Plenário e a CPI poderá, finalmente, ser iniciada já que a gravidade dos fatos levantados exigem uma apuração urgente por parte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Após a leitura de hoje, a assembleia terá cinco dias para nomear a comissão que conduzirá os trabalhos”, afirma o deputado estadual Professor Cleiton (PSB), em vídeo de reunião ordinária de plenário na assembleia legislativa de Minas Gerais postado em seu perfil no Facebook.
Segundo o parlamentar, a estatal tem sido sucateada nos últimos meses e há provas “de grande materialidade” de irregularidades que estão sendo investigadas pelo Ministério Público e que agora também serão investigadas casa legislativa.
“A desidratação da empresa, com prejuízos que podem ser exorbitantes, relacionados à venda da Renova, à venda de participação da Cemig na Light e a tentativa agora, de vender a participação da companhia na Taesa, mostra que a ‘paulistanização’ da Cemig não pode ficar impune. A desidratação da empresa tem o objetivo de levar à privatização da empresa”, completou.
Segundo o deputado, 26 deputados apoiaram a instalação da comissão, que buscará ouvir representantes do setor elétrico e ex-funcionários da empresa.
Ainda segundo a postagem, o deputado afirma ter pedido a abertura da CPI em 27 de abril, devido à “falta de transparência na administração da Cemig, especialmente a partir de 2019, que pode ter mascarado prejuízos de quase R$ 1 bilhão apenas em operações que envolvem a Cemig, Taesa, Light (RJ) e Renova (SP)”, e a investigação de “dispensas e inexigibilidades de licitação sob suspeita que foram realizadas nos últimos meses na estatal”, diz o texto do deputado.