Na madrugada desta quinta-feira, uma onda de ataques com mísseis vindo da Rússia atingiu as linhas de transmissão que ligam a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, ao restante da rede de distribuição de energia na Ucrânia. Com isso, a usina foi desconectada da rede.
Atualmente, a usina está desenergizada e permanece em modo de blackout pela sexta vez durante a ocupação. As unidades 5 e 6 estão em desligamento a frio e 18 geradores a diesel começaram a operar para suprir as cargas internas da usina, diz a nota da empresa estatal Energoatom em seu canal no Telegram, que controla as usinas nucleares da Ucrânia. Segundo o documento, há um estoque de 10 dias de diesel para manter as atividades essenciais da usina.
Se o fornecimento de energia fora do local para a usina não puder ser restaurado dentro desse prazo, pode ocorrer um acidente com consequências de radiação para todo o mundo.
Segundo a Energoatom, além disso, todas as usinas nucleares localizadas no território sob controle da Ucrânia diminuíram seu poder devido à ameaça de ataques com mísseis. Devido à ocupação da usina e à interferência dos representantes da Rússia em sua operação, as habilidades do lado ucraniano para manter a usina de Zaporizhzhia em um modo seguro são significativamente limitadas.