São Paulo, SP – A Ativa Investimentos divulgou as ações que compõem sua Carteira Strategy de novembro, com a retirada de uma ação (Ambev), substituída pela Weg, o
aumento do peso das ações do Itaú, e a redução do peso das ações da SLC Agrícola,
Telefônica Brasil (Vivo) e MercadoLivre.
Com isso, as ações escolhidas são: Itaú Unibanco, Vale, Petrobras, Sabesp, BB Seguridade,
Gerdau, Bradesco, Weg, Eletrobras, Cury, EzTec, Lojas Renner, Mercado Libre, SLC Agrícola e Telefônica Brasil.
“Assim como em outubro, de um modo geral, devido ao cenário local, com piora na percepção fiscal e o ciclo de aperto do Banco Central do Brasil (Bacen), estamos mais cautelosos, preferindo empresas menos endividadas e/ou commodities que possam se beneficiar com os estímulos da China”, comentou a Ativa.
Os setores com maiores pesos na carteira são o Financeiro e Bancos (23,5%), seguido por Mineração e Siderurgia (17,7%), Consumo (10%) e Petróleo e Combustíveis (11,8%).
Em setembro, a carteira recuou 0,42%, melhor do que a queda de 1,60% do Ibovespa. Nos últimos 12 meses, a carteira rendeu 12,7%, o mesmo índice que o Ibovespa.
Sobre o atual cenário, o relatório lembrou que durante o mês outubro, o Ibovespa recuou 1,60% com fluxo de notícias e dados negativos do lado fiscal, o que pesou também nos mercados de juros e câmbio. “A preocupação central dos investidores segue com a inabilidade do governo apresentar um plano de corte de gastos crível e capaz de mudar a trajetória prejudicial da curva Dívida Bruta /PIB esperada para os próximos anos, contribuindo para um ambiente de incertezas. Além disso, o Banco Central já iniciou o ciclo de aperto monetário, e, de acordo com o nosso time macro, no próximo dia 6 de novembro, devemos observar uma nova elevação de 0,50%, levando a Selic para 11,25%, e com um fim do ciclo de aperto em 12%. Ainda com relação a taxa básica de juros, não
temos muita clareza se o ciclo se encerrará nos 12% ou mais, uma vez que as condições
macroeconômicas seguem se deteriorando”, destacou a Ativa.
Por fim, o banco de investimentos disse que tanto pela ótica dos múltiplos quando pelo valor presente dos fluxos de caixa (DCF), muitas empresas da bolsa negociam em níveis ‘baratos’ em decorrência do mau humor recente, o que abre boa margem de segurança e potencial de valorização. “Nesse mês de novembro, teremos a divulgação dos resultados referente ao terceiro trimestre, onde não esperamos grandes ‘sustos’, o que pode corroborar as expectativas de lucro embutidas no valor das ações, sustentando a tese de valuation barato”, conclui a Ativa.
DIVIDENDOS
A carteira de Dividendos traz uma alteração em novembro, com a saída do BanriSul e a entrada da Taesa. Os principais setores são Financeiro e Bancos, Petróleo e Elétricas, todos com 25% de peso cada um, seguido por Agro e Mineração e Siderurgia, que representam 12,5% cada uma. As ações escolhidas são: BrasilAgro, Banco do Brasil, BB Seguridade, Bradespar, Taesa, CPFL, Petrobras e Petroreconcavo. Em outubro, a carteira recuou 2,56%, acima da queda de 1,60% do Ibovespa.