São Paulo – O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou em entrevista à Bloomberg nesta quarta-feira (28) que o aumento das taxas de juros na próxima reunião em julho “já está decidido”.
“[O aumento de julho] não é uma indicação, está claro”, enfatizou o dirigente, que está em Sintra, Portugal, para o Fórum do BCE.
Luis de Guindos ainda comentou que a decisão de setembro será “dependente de dados”. “Até agora não estamos vendo uma espiral de preços e salários”, acrescentou.
Segundo ele, é preciso estudar os efeitos atrasados da política monetária do BCE na economia da zona do euro. “Não me preocupo sobre estagflação, mas nossas projeções consideram riscos de fraqueza na atividade econômica e dados não têm sido bons. A desaceleração econômica deve ganhar forma nos próximos meses”, alertou.
O dirigente também deixou claro que a instituição não considera começar a cortar os juros até que a inflação se fixe perto da meta de 2% estabelecida pelo BCE. “O núcleo da inflação pode ser mais persistente do que esperamos”, disse de Guindos.
