Aumento de capital é positivo para a Gol, diz Moody’s

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São Paulo – A agência de classificação de risco Moody’s disse que o aporte de R$ 423 milhões, obtido por meio da conclusão do processo de aumento de capital anunciado hoje, como positivo para o crédito da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, à medida que os recursos ajudam a restaurar a posição de caixa da empresa e apoiam o seu balanço para outras aquisições oportunistas.

A agência lembra que recentemente a companhia aérea desembolsou R$ 744 milhões na compra da participação minoritária em sua empresa de programa de fidelidade Smiles e anunciou uma potencial aquisição da MAP Transportes Aéreos, por R$ 25 milhões, no dia 8 de junho.

“Após as operações, a posição de caixa da Gol encerrará o segundo trimestre de 2021 em cerca de R$ 1,0 bilhão a R$ 1,5 bilhão, enquanto as fontes de liquidez prontamente disponíveis totalizarão cerca de R$ 4 bilhões. Além disso, a empresa continuará tendo acesso ao mercado de capitais para preencher as lacunas de liquidez”, destacou a agência, em nota.

A compra do Smiles será autofinanciada principalmente com o caixa da própria controlada, mas reduzirá o caixa consolidado da Gol, uma vez que a Smiles está consolidado no seu financeiro.

A capitalização se soma a outras iniciativas de aumento de liquidez realizadas pela empresa desde o início do ano, incluindo um acréscimo de US$ 300 milhões às suas notas garantidas seniores com vencimento em 2026.

Em março, a posição de caixa da Gol atingiu R$ 940 milhões e as contas a receber caíram para R$ 542 milhões, de R$ 740 milhões no final de 2020, devido aos impactos negativos da pandemia de covid-19 nos negócios, o que resultou numa queima de caixa diária de cerca de R$ 2-3 milhões em janeiro e fevereiro.

“A liquidez futura da Gol agora será sustentada por um ponto de equilíbrio ou geração de caixa positiva das operações e uma aceleração nas reservas a termo em maio e junho. Ambos virão de um panorama mais claro para a demanda de passageiros do Brasil com a implantação de vacinas no país e a redução de internações após o pico da segunda onda de infecções”, finalizou a Moody’s.