Aumento do subsídio ao Casa Verde Amarela é positivo para construtoras, diz BTG Pactual

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São Paulo, 6 de junho de 2022 – Os analistas do BTG Pactual avaliam que o aumento recentemente anunciado pelo governo federal dos subsídios ao programa habitacional popular Casa Verde Amarela (CVA), voltado a famílias de baixa renda, é uma boa notícia para as construtoras que atuam neste segmento.

No fim de maio, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) anunciou a ampliação do subsídio definido pelo governo federal para financiamento de imóveis do CVA de 12,5% a 21,4%. O acréscimo varia conforme região, renda familiar e população do município e a medida entra em vigor no início deste mês e vale até 31 de dezembro. O acréscimo varia conforme região, renda familiar e população do município.

Segundo a pasta, a ampliação do subsídio tem, como objetivo, facilitar a aquisição da casa própria e ampliar o número de moradias entregues.

O BTG aponta que o uso do orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi fraco nos últimos meses, pois as construtoras não estão aumentando suas operações devido à baixa rentabilidade dos projetos do CVA, refletindo o aumento dos custos de construção.

Em maio, os empréstimos ao CVA foram de R$ 20,2 bilhões (os empréstimos acumulados no ano representam 32,9% do orçamento anual). A linha de créditoApoio à Construção (utilizada por grandes construtoras) consumiu R$ 14,2 bilhões (36,9% do orçamento), enquanto osempréstimos para pessoas físicas da Carta de Crédito totalizaram R$ 6,0 bilhões (26,2% do orçamento).

Em São Paulo, os empréstimos do Apoio à Construção passaram de 44,7% do orçamento anual em abril para 62,9% no mês passado, e os repasses da Carta de Crédito a pessoas físicas representaram 21,3% do orçamento (vs. 16,3% em abril). Assim, essas duas linhas já consumiram 47,8% de seu orçamento anual consolidado.

“O Ministério do Desenvolvimento Regional ainda está planejando novas medidas que podem impulsionar a construção de novas casas no âmbito do programa em 2022: extensão da elegibilidade de renda para os Grupos 2 e 3; alongamento dos vencimentos da hipoteca de 30 para 35 anos; e seis meses de carência nas parcelas do financiamento imobiliário”, comentaram os analistas.