Azul prevê 1 mil voos por dia em 2022 e ebitda maior que em 2019

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São Paulo – A Azul prevê chegar a operar 1 mil voos diários em 2022 com a alta da demanda por voos com a recuperação da economia e a reabertura com o avanço da vacinação, segundo o presidente da empresa John Rodgerson.

“Vai ser difícil chegar a 1 mil voos, mas teremos mais capacidade. Não sei se a gente bate essa bate essa meta para o ano que vem. Mas nós vamos ter capacidade, estamos otimistas com o mercado doméstico”, disse.

Em relação ao ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para o próximo ano, o CFO Alexandre Malfitani disse acreditar que o número possa ser maior do que o registrador em 2019, que foi o maior da história da empresa.

“A gente acredita que o ebitda vai ser maior no quatro trimestre do que no terceiro e em 2022 vai ser maior no ano todo que em 2019, que foi o nosso maior da história”, explicou.

AÇÃO SOBE

A ação da companhia aérea lidera o Ibovespa após divulgação dos resultados do terceiro trimestre, nesta nesta quinta-feira. Perto do fechamento, às 17h11 (horário de Brasília), a ação AZUL4 subia 8,69%, a R$ 28,74, e era a maior alta do índice, após subir mais de 11%, às 13h.

A Azul registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 766,2 milhões no terceiro trimestre deste ano, após lucro de R$ 145,0 milhões no terceiro trimestre de 2019, antes da pandemia. Na comparação trimestral, o prejuízo diminuiu 35,6%.

A receita líquida foi de R$ 2,7 bilhões, queda de 10,3%. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 485,6 milhões no trimestre, 48,1% abaixo do 3T19.

A companhia destacou que, no intervalo, continuou liderando o setor em recuperação de receita, que em termos operacionais, totalizou R$2,7 bilhões, comparada a R$1,7 bilhão no 2T21, um crescimento de 59,6% no trimestre. Em comparação ao mesmo intervalo de 2019, antes da pandemia, houve queda de 10,3%.

No 3T21, a Receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos (RASK) recuperou para os níveis de 2019 pela primeira vez desde o início da pandemia, atingindo 31,4 centavos. O RASK e a Receita de passageiros por assentos-quilômetros oferecidos (PRASK) subiram 12,5% e 19,4% respectivamente no trimestre, impulsionados pela forte recuperação da demanda doméstica contribuindo para o aumento nas tarifas.

O custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos (CASK) no 3T21 atingiu 29,8 centavos, 13,5% inferior ao trimestre anterior. CASK ex-combustível reduziu 19,6% no trimestre, demonstrando a alavancagem operacional disponível para nós à medida em que recuperamos nossa capacidade.

Também pela primeira vez desde o início da pandemia, a Azul apurou lucro operacional, alcançando R$136,3 milhões no trimestre e representando uma margem de 5,0%, disse a empresa, em nota.

“O ebitda do trimestre também registrou recorde desde o início da pandemia, totalizando R$485,6 milhões e representando uma margem de 17,9%.”

A Azul Cargo apurou mais um recorde de receita, com um crescimento de 135% em comparação com o 3T19, impulsionada pela forte demanda por nossas soluções de logística e nossa malha exclusiva.

A entrada de caixa operacional da Azul superou a saída de caixa operacional em R$1,1 bilhão. A posição de liquidez imediata atingiu R$5,3 bilhões, representando 65,8% da receita dos últimos doze meses, essencialmente estável em relação ao 2T21 mesmo após pagamentos de mais de R$1,5 bilhão em aluguéis, empréstimos, diferimentos e despesas de capital.

A liquidez total, incluindo aplicações financeiras e recebíveis, reservas de manutenção e depósitos, atingiu R$8,3 bilhões, também estável em relação ao trimestre anterior.

“A frota operacional da Azul totalizou 160 aeronaves, incluindo 60 aeronaves de nova geração. Temos a frota mais jovem do país e também lideramos o setor em termos de capacidade gerada por aeronaves de nova geração, mais eficientes em termos de combustível e mais sustentáveis”, disse a empresa.