Azul reverte prejuízo e registra lucro líquido ajustado no 4° trimestre d 2024

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Foto divulgação: Azul Linhas Aéreas

São Paulo, SP – A Azul divulgou o balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), com lucro líquido ajustado de R$ 62,4 milhões, revertendo prejuízo ajustado de R$ 270,6 milhões
alcançado no mesmo período de 2023 (4T23). No critério não ajustado, a companhia aérea teve prejuízo líquido de R$ 3,9 bilhões ante lucro de R$ 403,3 milhões registrado no 4T23. Em 2024, a companhia teve prejuízo ajustado de R$ 1,057 bilhão, queda de 56,3% em comparação ao prejuízo ajustado de R$ 2,422 bilhões de 2023. Já no critério não ajustado, o prejuízo passou de R$ 700 milhões para R$ 8,235 bilhões

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 1,95 bilhão, alta de 33% em relação ao ano anterior. Em 2024, o Ebitda foi de R$ 6,071 bilhões, alta de 16,4% em relação a 2023. A margem Ebitda foi de 35,2%, seis pontos percentuais acima da registrada no 4T23.Em 2024, a margem Ebitda foi de R$ 31,1%, alta de 3,2% em relação a 2023.

A receita líquida total foi de R$ 5,1 bilhões, alta de 10,3% em relação ao 4T23, impulsionada principalmente por um ambiente de demanda saudável, receitas robustas de nossas unidades de negócios e um aumento na capacidade. Em 2024, a receita líquida foi de R$ 19,5 bilhões, alta de 4,4% em comparação a 2023.

O lucro operacional aumentou 40,2% em relação ao ano anterior, chegando a R$ 1,238 bilhão, com uma margem de 22,3%. No ano, o lucro operacional atingiu R$ 3,5 bilhões, um aumento de R$ 607,8 milhões em relação a 2023.

A receita unitária (RASK) foi robusta a R$44,98 centavos no 4T24, mesmo com a capacidade crescendo 11% ano contra ano. Outro fator que contribuiu para termos receitas e margens saudáveis é o crescimento de nossas unidades de negócios, que no 4T24 foram responsáveis por 23% do RASK e 24% do Ebitda, com um valor de mais de R$450 milhões.

No 4T24, as despesas operacionais foram de R$ 4,3 bilhões, 3,8% maior em comparação com o 4T23 explicado principalmente pelo crescimento na capacidade total de 11% e a desvalorização de 17,8% do real em relação ao dólar norte-americano, compensado pela redução de 17,0% no preço do combustível, maior produtividade e iniciativas de redução de custos.

A alavancagem da Azul medida como dívida líquida sobre o Ebitda UDM foi de 4,9x, principalmente devido à desvalorização do real frente ao dólar neste ano, que impactou nossa dívida denominada em dólar. Considerando a taxa de câmbio atual de R$5,70 e ajustando a dívida para as aeronaves que entraram na frota em 2024, a alavancagem teria sido de 4,15x. “Considerando a dívida líquida proforma incluindo nossa reestruturação recentemente anunciada e a uma taxa de câmbio de R$5,70, a alavancagem da Azul teria sido de 3,7x.”, explicou a Azul.

O tráfego de passageiros (RPK) durante o trimestre aumentou 16,9%, superando a capacidade e resultando em uma forte taxa de ocupação de 84,2%, 4,2 pontos percentuais acima do 4T23. Para todo o ano de 2024, a capacidade aumentou 5,2%, ligeiramente abaixo de nossa perspectiva.