Balança registra déficit comercial de US$ 176 milhões em janeiro

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Brasília, 1 de fevereiro de 2022 – A balança comercial brasileira registrou déficit comercial de US$ 176 milhões em janeiro, resultado de exportações de US$ 19,67 bilhões e importações de US$ 19,85 bilhões, com aumentos de 25,3% e 24,6% sobre janeiro de 2021, respectivamente. A corrente de comércio ficou em US$ 29,52 bilhões, com aumento de 25%. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia.
 
Em Janeiro/2022, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 97,5% em Agropecuária, que somou US$ 3,36 bilhões; queda de -18,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 4,05 bilhões e, por fim, crescimento de 36,1% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 12,16 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.
 
A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Milho não moído, exceto milho doce (43%), Café não torrado (34,5%) e Soja (5.007,4%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (4,5%), Minérios de alumínio e seus concentrados (20,6%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (21,3%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (120,7%), Gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (1.106,2%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (179,7%) na Indústria de Transformação.
 
Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-2,9%), Mel natural (-49,4%) e Algodão em bruto (-14,8%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-36,8%), Minérios de cobre e seus concentrados (-68,8%) e Minérios de níquel e seus concentrados (-100%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (-19,9%), Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-67,1%) e Ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) (-13,6%) na Indústria de Transformação.
 
Em Janeiro/2022, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: queda de -15,7% em Agropecuária, que somou US$ 0,37 bilhões; crescimento de 325,8% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 2,44 bilhões e, por fim, crescimento de 14,9% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 16,69 bilhões. A combinação destes resultados motivou o aumento das importações.
 
movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (51,4%), Tabaco em bruto (107,3%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (39,8%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (335,5%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (420,1%) e Gás natural, liquefeito ou não (501%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (58%), Medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (88,6%) e Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (69,8%) na Indústria de Transformação.
 
Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Trigo e centeio, não moídos (-15%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-43%) e Soja (-87,6%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-16,6%), Minérios de cobre e seus concentrados (-87,2%) e Minérios de alumínio e seus concentrados (-87,6%) na Indústria Extrativa ; Prata, platina e outros metais do grupo da platina (-51,5%), Geradores elétricos giratórios e suas partes (-33,9%) e Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (-90%) na Indústria de Transformação.