São Paulo – O Banco Central da Rússia cortou sua principal taxa de juros de 17% para 14% nesta sexta-feira e afirmou que vê espaço para cortar ainda mais os custos dos empréstimos neste ano, conforme procura mitigar o impacto das sanções econômicas internacionais.
A decisão vem depois de a instituição ter cortado inesperadamente a taxa básica para 17% no início de abril, após um aumento de emergência para 20% dias depois de a Rússia invadir a Ucrânia em 24 de fevereiro.
Desde o início da guerra, o banco vem fazendo malabarismos com uma economia em forte retração e uma inflação vertiginosa. Economistas esperam contração de dois dígitos para a economia e inflação superior a 20% em 2022.
A inflação russa atingiu 17,6% em 22 de abril e o BC disse hoje que espera uma inflação anual entre 18% e 23% este ano, antes de desacelerar para entre 5% e 7% em 2023 e retornar à sua meta de 4% em 2024.
“O ambiente externo para a economia russa continua desafiador e restringe significativamente a atividade econômica. Com os riscos de preços e estabilidade financeira não mais em alta, as condições permitiram a redução da taxa básica”, disse o banco em comunicado.
O banco disse que sua perspectiva de inflação deve ser impactada pelo futuro de suas importações e exportações, à medida que procura navegar pelas sanções pungentes, juntamente com futuras decisões de política fiscal.
A instituição acrescentou que “levará em conta a necessidade de uma transformação estrutural da economia e garantirá o retorno da inflação à meta em 2024”.