Banco da Inglaterra mantêm política monetária e eleva previsão de PIB

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São Paulo- O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) manteve a taxa básica de juros do Reino Unido inalterada em 0,1% e os estoque de compras de ativos em 895 bilhões de libras, ao mesmo tempo em que revisou pra cima suas projeções de crescimento econômico britânico para este ano.

A decisão do Comitê de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês) sobre os juros foi unânime. Em comunicado, o comitê disse que “continuará a monitorar a situação de perto e tomará todas as medidas necessárias para cumprir sua missão”.

“O Comitê não pretende apertar a política monetária pelo menos até que haja evidências claras de que avanços significativos estão sendo feitos na eliminação da capacidade ociosa e no cumprimento sustentável da meta de inflação de 2%”.

O BoE prevê um aumento na taxa de juros no segundo trimestre de 2023, para 0,3%, e outra alta no segundo trimestre de 2024, para 0,6%. O banco espera manutenção nos juros no segundo trimestre deste ano e no segundo trimestre de 2022.

Segundo o BoE, o Produto Interno Bruto (PIB) britânico deve crescer 7,25% este ano, uma revisão para cima ante a projeção anterior de alta de 5%, divulgada em fevereiro. “Os novos casos de covid-19 no Reino Unido continuaram diminuindo, o programa de vacinação está avançando rapidamente e as restrições à atividade econômica estão diminuindo”.

Assim, o PIB deverá aumentar acentuadamente no segundo trimestre de 2021, após uma estimativa de contração de cerca de 1,5% no primeiro trimestre. “Espera-se que o PIB recupere fortemente para os níveis anteriores à covid-19 ao longo do restante deste ano, na ausência da maioria das restrições à atividade econômica doméstica”.

Para 2022, a projeção de alta do PIB foi revisada para baixo, de 7,25% para 5,75%, e para 2023 a previsão foi mantida em 1,25%. “Após 2021, espera-se que o ritmo de crescimento do PIB diminua, à medida que diminui o impulso de alguns desses fatores”, diz o BoE.

Com relação à inflação, o banco prevê aceleração para perto da meta de 2% no curto prazo, e avanço temporariamente para acima da meta no final de 2021, devido principalmente à evolução dos preços da energia. Estes acontecimentos, porém, devem ser temporários, com a taxa voltando para cerca de 2% no médio prazo.

O BoE prevê inflação em 2,25% este ano, ante previsão anterior de alta de 2%. Para 2022, a previsão passou de 2,25% para 2%, e para 2023 foi mantida inalterada em 2%.

“As perspectivas para a economia e, em particular, o movimento relativo da demanda e da oferta permanecem incertas. Continua a depender da evolução da pandemia, das medidas tomadas para proteger a saúde pública e da forma como as famílias, as empresas e os mercados financeiros respondem a estes desenvolvimentos”, segundo o BoE.