Banco do Brasil prevê lucro de até R$ 26 bilhões em 2022; carteira sobe 12%

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São Paulo – O Banco do Brasil anunciou as suas projeções para o ano de 2022. Em lucro líquido, a companhia prevê atingir entre R$ 23,0 bilhões e R$ 26,0 bilhões, com margem financeira bruta de 11,0-15%. A carteira de crédito deve crescer de 8,0% a 12,0%, sendo de 10-14% em pessoas físicas, de 3-7% em empresas e 10-14% em agro.
A receita de prestação de serviços e as despesas administrativas devem crescer de 4% a 8% e a PCLD ampliada deve recuar R$ 16-13 bilhões.
RESULTADO TRIMESTRAL
O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado recorde de R$ 21 bilhões no ano de 2021, um crescimento anual de 51,4%. No último trimestre de 2021, o resultado foi de R$ 5,9 bilhões, crescimento de 60,5% frente ao mesmo período do ano anterior e de 15,4% frente ao 3T21. O RSPL anualizado alcançou 15,8%.
“No ano, o bom desempenho é explicado por menores despesas com provisões de crédito (-40,2%), crescimento da carteira de crédito, incremento nas receitas de prestação de serviços e na margem financeira bruta. Destaque também para a estabilidade das despesas administrativas. O índice de eficiência acumulado em 12 meses alcançou 35,6%, refletindo a disciplina na gestão e controle das despesas, ao lado da maior geração de receitas. O Indice de Basileia atingiu 17,76%, sendo 11,94% de capital principal”, informou o banco, em nota enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 874,9 bilhões em dezembro, com evolução de 7,4% na comparação com setembro/21 e 17,8% na anual. Todos os segmentos apresentaram crescimento, com destaque para as operações com pessoas físicas, agronegócio e TVM privados e garantias.
Segundo o banco, o agronegócio segue como grande vetor do resultado. “A carteira ampliada superou o recorde anterior e atingiu em dezembro/2021 a cifra de R$ 248 bilhões. Além da elevada demanda, o forte desempenho é resultado do protagonismo que o BB tem com todos os níveis da cadeia do agro, com atendimento especializado, profissionais dedicados, conhecimento e relacionamento técnico e capilaridade nacional. A carteira cresceu 9,9% na comparação com setembro/21, com destaque para o custeio agropecuário (+14,3%), para as linhas de investimento e comercialização agropecuária, (+22,0% e +9,7%, respectivamente) e industrialização (+9,1%). Vale ressaltar o crescimento de 183,6% em títulos do agronegócio, cédula de produtor rural (CPR) e certificado de direitos creditórios do agronegócio (CDCA).”
A carteira pessoa física cresceu 4,5% frente a setembro/21, principalmente devido à performance positiva no crédito consignado (+2,1%), no cartão de crédito (+20,4%) e no empréstimo pessoal (+6,4%).
Na pessoa jurídica houve crescimento trimestral de 7,7%. Destaque para o crescimento de TVM privados e garantias (+32,0%) e recebíveis (+30,7%).
O índice de inadimplência acima de 90 dias da carteira total ficou em 1,75%, inferior ao patamar do SFN, com índice de cobertura de 325,0%
As Receitas de Prestação de Serviços totalizaram R$ 7,8 bilhões no trimestre, crescimento de 5,9% em relação ao 4T20 e 5,2% na comparação trimestral. A evolução em RPS em relação ao trimestre anterior foi influenciada pelo desempenho de cartão de crédito (+11,0%), consórcios (+9,3%), operações de crédito (+20,6%) e rendas do mercado de capitais (+81,9%). Em 2021, as receitas de prestação de serviços somaram R$ 29,3 bilhões, um aumento de 2,2% quando comparado com 2020, influenciado pelo desempenho comercial nos segmentos de administração de fundos (+8,8%), seguridade (+10,7%), e consórcios (+29,2%).
Em 2021, as despesas administrativas aumentaram (+1,4%), mantendo-se dentro do intervalo das projeções corporativas 2021.