São Paulo – O Banco do Japão (BoJ) manteve sua política monetária inalterada, com a taxa de depósitos em -0,1% e a meta para juros de 10 anos em zero, e melhorou sua avaliação da economia do país, afirmando que a recuperação da pandemia do novo coronavírus começou.
“A economia do Japão começou a se recuperar com a retomada gradual da atividade econômica, embora permaneça em uma situação grave devido ao impacto do novo coronavírus (covid-19) em casa e no exterior”. No relatório anterior, o BoJ havia dito que a economia estava em uma situação extremamente complicada.
Segundo o banco, as economias estrangeiras também começaram a recuperar de um estado de recessão. “Diante dessa situação, as exportações e a produção industrial aceleraram”. O consumo privado aumentou gradualmente em geral, embora o setor de serviço permaneça em níveis baixos, e o investimento de empresas segue fraco.
“No entanto, o ritmo de melhoria deve ser apenas moderado, enquanto o impacto da covid-19 permanece no mundo todo”. Com relação aos preços, provavelmente haverá deflação no momento atual, principalmente afetado pela covid-19 e pelo declínio passado dos preços do petróleo.
O banco também reiterou sua prontidão para agir se necessário. “O banco acompanhará de perto o impacto da covid-19 e não hesitará em tomar medidas adicionais de afrouxamento, se necessário, e também espera políticas de curto e longo prazo as taxas de juros permanecerão em seus níveis atuais ou inferiores”.
A decisão de hoje foi aprovada por oito votos a favor e um contrário. O BoJ também reiterou que continuará comprando sem limites os títulos do governo japonês, e não anunciou alterações no seu programa de compra de ativos e em sem programa de empréstimos para apoiar o financiamento corporativo durante a pandemia.
Assim, o limite de compras anuais de ETFs (fundo de índice, ou exchange-traded fund, em inglês) foi mantido em 12,0 trilhões de ienes, e o de compras anuais de fundos imobiliários com cotas negociáveis em bolsa foi mantido em 180 bilhões de ienes.
Com relação a commercial papers e títulos de empresas, o banco manterá compras em cerca de 2 trilhões de ienes e cerca de 3 trilhões de ienes, respectivamente. Até o final de março de 2021, realizará compras adicionais com o limite de 7,5 trilhões de ienes para cada ativo.