O Banco Mundial revisou para cima as previsões de crescimento econômico da China para 2024 e 2025, destacando a recuperação impulsionada por medidas recentes de estímulo e um desempenho forte nas exportações. Para 2024, o crescimento projetado é de 4,9%, ligeiramente superior aos 4,8% estimados em junho. No entanto, a confiança ainda moderada de consumidores e empresas, além dos desafios no setor imobiliário, continuam sendo fatores limitantes. Para 2025, o crescimento esperado é de 4,5%, também acima da previsão anterior de 4,1%.
Apesar dos sinais de recuperação, o Banco Mundial alertou que o aumento da renda das famílias segue lento e a desvalorização dos imóveis impacta negativamente o consumo. Além disso, a esperada elevação de tarifas comerciais pelos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, pode exercer pressão adicional sobre a economia chinesa no próximo ano. Para mitigar os desafios, autoridades chinesas planejam emitir um recorde de 3 trilhões de iuanes (US$ 411,12 bilhões) em títulos especiais do tesouro em 2025.
Segundo Mara Warwick, diretora do Banco Mundial na China, fortalecer a rede de segurança social, melhorar as finanças dos governos locais e enfrentar os problemas no setor imobiliário são essenciais para garantir uma recuperação econômica sustentável. A necessidade de equilibrar estímulos de curto prazo com reformas estruturais de longo prazo também foi enfatizada.
Embora o governo chinês esteja confiante em atingir a meta de crescimento de 5% definida para 2024, o Banco Mundial prevê que uma recuperação significativa no setor imobiliário só ocorra no final de 2025. Além disso, cerca de 55% da população chinesa ainda enfrenta insegurança econômica, o que reforça a importância de políticas que criem mais oportunidades para os cidadãos.