Bancos europeus passam em teste de estresse de regulador do setor

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São Paulo – Os principais bancos europeus conseguirão sobreviver a uma crise severa mesmo depois de enfrentarem as condições adversas provocadas pela pandemia do novo coronavírus, segundo os resultados do teste de estresse aplicado pela Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês).

A EBA avaliou a capacidade de 50 bancos europeus de 15 países continuarem emprestando em um cenário de queda acumulada no Produto Interno Bruto (PIB) ao longo de 2023 de 3,6%. O esgotamento de capital em todo o setor seria significativo, de US$ 314 bilhões, em comparação com uma proporção inicial de 15%.

Mesmo sob esse cenário, o setor bancário da União Europeia (UE) manteria seus índices de capital em torno de 10% em 2023, o que é considerado um resultado forte e em linha com os de seus pares nos Estados Unidos.

Os bancos com os índices de capital mais baixos nessas condições são: o italiano Monte dei Paschi di Siena, com 6,6%; e os espanhóis Sabadell e HSBC, com 6,5% e 5,9%, respectivamente.

O índice de capital do Deutsche Bank cairia para 7,4% em 2023 sob o cenário adverso, ainda acima da exigência de 5,91%. Já índice do também alemão Commerzbank, ficaria em 8,2% no final de 2023.

Segundo a EBA, os bancos com margens mais baixas ou mais focados nas atividades domésticas viram os níveis de capital cair sob o cenário adverso.