Bancos projetam alta de 13,3% da carteira de crédito em setembro

A entidade atribui o resultado à expansão de 17,1% da carteira com recursos livres em base de comparação anual

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São Paulo – O saldo consolidado da carteira de crédito em setembro deverá apresentar alta mensal de 2,1% e de 13,3% em doze meses, segundo pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) realizada com bancos que representam de 40% a 90% do saldo total do Sistema Financeiro Nacional.

A entidade atribui o resultado à expansão da carteira com recursos livres, que deve apresentar alta de 2,4% no mês e de 17,1% em doze meses. Já o crédito direcionado deve apresentar crescimento de 1,8% em relação a agosto e de 8,3% na comparação com setembro de 2019.

O crédito para pessoas físicas deve apresentar crescimento de 1,4% na comparação mensal e de 9,1% na comparação anual. O desempenho da carteira PF deve ser homogêneo entre recursos livres, com alta anual de 8,5% e mensal de 1,4%, e direcionados, com crescimento anual de 9,8% e de 1,3% no mês, o que, segundo a entidade, sinaliza que a recuperação do consumo das famílias e as baixas taxas de juros seguem estimulando a demanda por crédito.

O destaque, no entanto, será a carteira de crédito destinada às empresas, que deve apresentar crescimento mensal de 3,1% e variação anual de 19,0% (ante 16,7% em agosto). A carteira com recursos livres deve subir 3,5% no mês e de 28,0% em doze meses, maior taxa de expansão desde março de 2009 (alta de 28,5%). Já a carteira direcionada deve avançar 2,4% no mês, acelerando a expansão em doze meses para 6,0%, ante alta de 2,5% em agosto. Neste caso, a retomada da atividade e o sucesso dos programas públicos ajudam a explicar o bom desempenho do crédito PJ.

CONCESSÕES

As concessões devem apresentar crescimento de 9,2% em setembro ante agosto, acumulando expansão de 8,7% em doze meses. A alta do mês deve ser puxada pelas concessões com recursos livres, cuja projeção é de expansão mensal de 11,2%.

Já as concessões com recursos direcionados devem retrair 1,5% em setembro, enquanto, em 12 meses, o volume de crédito concedido deve subir 31,0% no mês, correspondendo à maior taxa desde novembro de 2013, quando houve alta de 33,9%.

As concessões para as pessoas físicas devem mostrar alta mensal de 4,6%, puxadas pela elevação de 5,8% no segmentos livre, enquanto o direcionado deve recuar 1,5%. Apesar da alta do mês, esta não deve ser suficiente para reverter a perda de ritmo na variação acumulada de 12 meses, que deve recuar para 3,3%, ante 4,7% em agosto.