Bank of America reduz recomendação das ações da Vale para neutro

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São Paulo – O Bank of America (BofA) rebaixou a classificação das ações da Vale de compra para neutro ao avaliar que as políticas de aço da China são pessimistas para o minério de ferro. O banco também reduziu o preço-alvo das americans depositary receipts (ADRs, recibos de ação de empresas estrangeiras negociados na Bolsa de Valores de Nova York) da mineradora em 26%, para US$ 20,00, e da ação ordinária (VALE3) para R$ 105,00.
Para os analistas do banco, a política da China de forçar a produção de aço em -10% durante o período de agosto a dezembro coloca o mercado de minério de ferro em superávit. Caso não aconteça uma mudança, o BofA não vê razão para que o minério de ferro não seja negociado a um custo marginal de US$ 80 a tonelada.
“Embora estejamos preocupados com a sustentabilidade da abordagem da China ao aço em termos do impacto mais amplo sobre o crescimento e a estabilidade econômica, não podemos contestar os fatos como eles se posicionam e rebaixar as recomendações de vários produtores de minério de ferro, incluindo a Vale”, disse o BofA.
Por último, os analistas afirmam não verem as ações da Vale como caras e dizem que a recomendação pode ser revista com outra mudança na política de aço na China e catalisadores específicos da empresa, como o giro sugerido de metais básicos para valor de desbloqueio.
Apesar da mudança na avalição, as ações da Vale registram alta hoje em meio a um maior otimismo dos investidores em relação a um possível encaminhamento para as dívidas da incorporadora chinesa Evergrande, o que fez os preços do minério de ferro subirem após fortes quedas nos últimos dias. Às 13h06 (horário de Brasília) os papéis VALE3 subiam 3,03%, a R$ 86,65.