BB Seguridade tem lucro líquido de R$ 1,7 bi no 2° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A BB Seguridade informou hoje o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido de R$ 1,77 bilhão, queda de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado (2T23). Já o lucro líquido ajustado, evento extraordinário relacionado à
implantação da Circular Susep 678/2022, foi de R$ 1,87 bilhão, alta de 1,6% em comparação ao 2T23.

OS principais fatores que levaram ao incremento de R$ 29,8 milhões no resultado em relação ao reportado no 2T23 foram o crescimento das receitas de corretagem, com destaque para aquelas provenientes da Brasilseg e da Brasilprev, melhora da margem operacional e, em menor proporção, alta do resultado financeiro pela expansão do
saldo médio de aplicações financeiras.

Além disso, a Brasilseg teve crescimento dos prêmios ganhos retidos e redução da sinistralidade e a Brasilcap teve redução da alíquota efetiva de impostos, decorrente de decisão favorável em ação relativa à CSLL, além da expansão do resultado financeiro, suportada por aumento do saldo médio de aplicações.

Por outro lado, o resultado da participação na Brasilprev retraiu R$ 76,6 milhões, impactado pela queda do resultado financeiro, provocada pelo aumento no custo dos passivos dos planos de benefício definido e pela marcação a mercado negativa nos investimentos, decorrente da abertura da estrutura a termo de taxa de juros. Contribuiu também para a queda no resultado da Brasilprev a constituição de Provisão Complementar de Cobertura (PCC).

No 2T24, o resultado financeiro combinado da BB Seguridade e de suas investidas atingiu R$323,5 milhões, líquido de impostos, montante 14,0% inferior ao reportado no mesmo período de 2023. A queda pode ser atribuída em grande parte ao resultado financeiro da Brasilprev, impactado pelo aumento de 8,5 p.p. na taxa média de atualização dos passivos dos planos de benefício definido e pela marcação a mercado negativa nos investimentos, decorrente da abertura da estrutura a termo de taxa de juros, enquanto no 2T23 a marcação a mercado foi positiva. A redução da taxa média Selic no comparativo foi outro fator que contribuiu para a retração do resultado financeiro combinado, sendo parcialmente compensada por um aumento de 8,2% no saldo médio de aplicações financeiras combinado de todas as empresa do grupo.

Dentre os impactos ocorridos em resultado no primeiro semestre de 2024, foi classificada como evento extraordinário a parcela de constituição de Provisão Complementar de Cobertura na Brasilprev decorrente da assunção de premissa de que 100% dos clientes tomarão decisão quando atingirem o término do período de acumulação nos planos tradicionais, no montante de R$ 216,7 milhões, uma vez que decorre de um fator externo (mudança de regulação) que trouxe a exigência de tomada de decisão por parte dos clientes, afetando todo o estoque de planos com prazo de diferimento vencido.

O lucro líquido da operação de seguros cresceu 3,3% ante o 2T23, impulsionada pela expansão dos prêmios ganhos retidos (+7,3%) e redução da sinistralidade (-0,9 p.p.). Tal desempenho foi parcialmente compensado pela alta de 1,1 p.p. na alíquota de imposto efetiva, explicada pela utilização de incentivos fiscais relacionados à Lei do Bem no 2T23, o que não se repetiu no 2T24

O lucro líquido ajustado da operação de previdência, segregado o evento extraordinário relacionado à entrada em vigência da Circular Susep 678 (vide página 4), foi 20,8% inferior ao reportado no mesmo período de 2023, alcançando R$346,9 milhões. A redução do resultado financeiro foi a principal detratora do lucro, motivada pelo aumento do custo do passivo, influenciado principalmente pela inflação do IGP-M no 2T24 vs. deflação no 2T23, e pela marcação a mercado negativa nos investimentos, decorrente da abertura da estrutura a termo de taxa de juros, enquanto no 2T23 a marcação a mercado havia sido positiva.

O lucro líquido da operação de capitalização foi 10,9% superior ao reportado no mesmo período de 2023, atingindo R$70,4 milhões. O desempenho é atribuído em grande parte a queda na alíquota de impostos no trimestre (-9,4 p.p.), decorrentede deci são favorável em ação relativa à CSLL, com impacto positivo de R$11,3 milhões.

O lucro líquido da BB Corretora cresceu 12,4% ante o 2T23, expansão conduzida pela alta de 11,8% das receitas de corretagem, melhora de 1,1 p.p. da margem operacional e incremento de 2,9% do resultado financeiro.

DIVIDENDOS

A BB Seguridade informou hoje o cronograma para pagamento dos dividendos intercalares referentes ao resultado do primeiro semestre de 2024, adicionados dos dividendos prescritos referentes ao primeiro semestre de 2021, no valor total de R$ 2,7 bilhões. O valor por ação é de R$ 1,39090855697.

Os dividendos serão pagos no próximo dia 30 de agosto e terão como base a posição acionária de 16 de agosto de 2024, sendo as ações negociadas ex-dividendos a partir de 19 de agosto de 2024.

“O valor de dividendos por ação poderá sofrer variação até a data do pagamento em decorrência de eventual recompra de ações em circulação, no âmbito do programa de recompra. Neste caso, a Companhia fará um novo aviso aos acionistas informando o valor final por ação antes da data”, explicou o comunicado da companhia.