BCE não está comprometido com leis nacionais, diz De Guindos

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São Paulo – O Banco Central Europeu (BCE) reagiu à tentativa da suprema corte alemã de restringir seus poderes. O vice-presidente da autoridade monetária, Luis de Guindos, disse que responde apenas a instituições da União Europeia (UE) e que sua determinação em fornecer estímulo é mais forte do que nunca.

“Somos responsáveis, temos que responder ao Parlamento Europeu”, disse Guindos. “Estamos sujeitos ao quadro jurídico da UE”, acrescentou.

Nesta semana, a Corte Constitucional da Alemanha decidiu que o BCE ultrapassou seu mandato ao comprar trilhões de euros em títulos, e que o Bundesbank precisa sair do esquema dentro de três meses, a menos que o BCE possa justificar o ato.

A decisão do banco central alemão acontece em um momento delicado para o BCE, que está considerando a possibilidade de expandir um novo programa de compra de títulos de 750 bilhões de euros destinado a conter as consequências econômicas da pandemia do novo coronavírus.

De Guindos também ofereceu uma defesa contra as críticas do tribunal alemão que apontavam para possíveis efeitos colaterais adversos das políticas do BCE sobre poupadores.

“Temos analisado os efeitos colaterais continuamente”, disse Guindos. “Esta é uma área importante de análise”, acrescentou.

Ele ressaltou que o BCE segue comprometido em cumprir seu mandato de manter a inflação da zona do euro próxima, porém baixo de 2% – um sinal de que não permitirá que a decisão da corte alemã obstrua suas decisões políticas.