São Paulo – A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou as últimas mudanças feitas pela B3 para viabilizar o acesso de pessoas físicas à negociação de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que representam ações de empresas estrangeiras e são negociado no Brasil. Com essa aprovação, as corretoras podem oferecer esses papéis e ETFs (exchange-traded fund, fundos de investimentos negociados como ações), desde que negociados em um “mercado reconhecido”, a partir de amanhã (22).
Posteriormente, será avaliará a inclusão de outras Bolsas estrangeiras como “mercados reconhecidos”. Segundo a B3, atualmente, há 670 opções de BDRs lastreados em grandes companhias.
A flexibilização da regra, aprovada pela CVM, ainda abre a possibilidade para que companhias com a maior parte do seu negócio no Brasil e que abriram capital fora do país possam negociar seus papéis aqui, emitindo BDRs.
Antes, havia mais exigências para que os investidores pudessem ter acesso a BDRs, como a necessidade de ser um investidor qualificado (que possua mais de R$ 1 milhão investido ou tenha alguma certificação aceita pela CVM).
Segundo a B3, o próximo passo é iniciar as discussões para a admissão à negociação de BDRs de dívidas offshore, tanto de emissores estrangeiros quanto de emissores nacionais, já que a nova regra também permite o desenvolvimento desses mercados.
“A expectativa da B3 com este importante avanço é fomentar o mercado nacional, aumentando a diversidade de produtos disponíveis ao investidor local, incluindo o varejo, que demanda uma crescente diversificação de portfólio e exposição a ativos estrangeiros, e também incrementar as oportunidades de captação de recursos pelos emissores”, disse o diretor de Produtos Listados da B3, Mario Palhares, em nota.