Biden assina decretos para mitigar crise no fornecimento de chips

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São Paulo – O presidente norte-americano, Joe Biden, assinou dois decretos para mitigar a crise da cadeia de suprimentos, que está levando a uma escassez global de chips que prejudica as montadoras norte-americanas.

“Os Estados Unidos estão enfrentando a falta de chips que ameaça a economia. Não podemos depender de outros países para manter nossa cadeia de suprimentos operando. Os decretos de hoje dão o primeiro passo na redução dessa dependência”, disse ele em pronunciamento na Casa Branca.

Os decretos estabelecem a condução de uma revisão de 100 dias das cadeias de abastecimento de materiais como semicondutores a produtos farmacêuticos, com o objetivo de estimular a produção norte-americana e fortalecer os laços com aliados.

Além disso, os decretos visam variar o sistema de suprimentos das indústrias dos Estados Unidos, com indicações de pequenos produtores locais a novos acordos com países com contratos já existentes.

A ideia também é se antecipar às crises com a criação de novas fabricantes dentro dos Estados Unidos e galpões de armazenamento de matéria-prima.

“Quero garantir que as cadeias de suprimentos dos Estados Unidos sejam seguras e tenham capacidade”, afirmou Biden, acrescentando que essa é uma questão que não será resolvida de imediato, mas que tem apoio bipartidário para avançar na solução do problema.

Uma corrida aos chips nos últimos meses esgotou os suprimentos globais de componentes essenciais em uma variedade de dispositivos eletrônicos que eram solicitados por pessoas que trabalhavam em casa durante a pandemia do novo coronavírus.

Os fabricantes de automóveis foram especialmente afetados pela escassez de chips que entram em vários sistemas: desde módulos que gerenciam os motores até a frenagem automática e tecnologias de direção assistida.

A escassez forçou as fábricas de automóveis em todo o mundo a desacelerar ou interromper totalmente as linhas de montagem, à medida que as montadoras tentam canalizar chips escassos para seus modelos mais lucrativos.

A Volkswagen informou em dezembro que estava reduzindo a produção em muitas de suas fábricas ao redor do mundo. As paralisações no Japão e nos Estados Unidos logo se seguiram.