Biden avisa que haverá competição extrema com China

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São Paulo — O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que seu governo está pronto para uma “competição extrema” com a China, mas que sua abordagem seria diferente da de seu antecessor, Donald Trump.

“Não vou fazer do jeito que Trump fez. Vamos nos concentrar nas regras internacionais de comércio”, disse Biden em uma entrevista à “CBS”.

“Não precisamos de conflito, mas haverá uma competição extrema”, acrescentou.

Em sua entrevista, Biden disse que ainda não tinha falado com seu colega chinês Xi Jinping desde que assumiu o cargo.

“Eu o conheço muito bem”, disse Biden, explicando que, como vice-presidente, ele passou mais tempo com Xi do que qualquer líder mundial. “Ele é muito brilhante e muito rígido e – não quero dizer isso como uma crítica, é apenas uma realidade – ele não tem um osso democrático em seu corpo.”

A tensão entre Pequim e Washington, as duas maiores economias do mundo, disparou sob o governo de Trump. Nos últimos quatro anos, Trump colocou a culpa na China por uma ampla gama de queixas, incluindo roubo de propriedade intelectual, práticas comerciais injustas e recentemente a pandemia de coronavírus, que matou mais de 460 mil norte-americanos.

Na semana passada, Biden disse que trabalharia mais de perto com os aliados para montar uma reação contra a China.

“Vamos enfrentar os abusos econômicos da China”, explicou Biden, descrevendo Pequim como o “concorrente mais sério dos Estados Unidos”.

“Mas também estamos prontos para trabalhar com Pequim quando for do interesse nosso fazê-lo. Competiremos em uma posição de força, reconstruindo melhor nossa infraestrutura e trabalhando com nossos aliados e parceiros”, disse o presidente no Departamento de Estado.