Biden chama mudanças climáticas de ‘emergência’ e anuncia novas ações

830

São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou os riscos ambientais criados pelas mudanças climáticas como uma “emergência” e sinalizou novos planos do governo para combater o problema.

“Deixe-me ser claro: a mudança climática é uma emergência”, declarou Biden numa antiga mina de carvão nos Estados Unidos, acrescentando que planeja anunciar ações formais nas “próximas semanas”.

As afirmações do presidente não foram exatamente o esperado pelos democratas, que clamavam por uma declaração de emergência climática, como alguns membros do partido já tinham pedido em meio a negociações sobre a legislação ambiental, uma importante agenda em Washington.

“Uma vez que o Congresso não está agindo como deveria… isso é uma emergência e eu vou olhar dessa forma”, disse o presidente. “Como presidente, usarei meus poderes executivos para combater a crise climática”, completou.

As iniciativas incluem o fornecimento de US$ 2,3 bilhões em financiamento para um programa que ajuda as comunidades a se prepararem para desastres, expandindo o controle de inundações e adaptando edifícios, além de aproveitar o financiamento para ajudar famílias de baixa renda a cobrir os custos com energia – seja para aquecimento como para resfriamento.

De acordo com o comunicado da Casa Branca, o presidente também está orientando o Departamento do Interior a propor novos parques eólicas offshore no Golfo do México, um plano que poderia abastecer mais de três milhões de casas e ajudar a administração a atingir sua meta de implantar 30 gigawatts de vento offshore até 2030. Biden está ordenando ao Secretário do Interior que avance o desenvolvimento de energia eólica nas águas da costa atlântica e sul e da costa do Golfo da Flórida.

As novas medidas que a Casa Branca tenta avançar buscam salvar a agressiva agenda climática de Biden, depois que as conversas com o senador democrata Joe Manchin pararam na semana passada. Manchin tem sido um ferrenho opositor da agenda verde de Biden, num senado em que está igualmente dividido entre democratas e republicanos.