Biden e Trudeau anunciam cooperação entre países no combate à covid-19

607

São Paulo — O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, concordaram em priorizar a luta contra a covid-19 e o cooperar para a recuperação econômica após a pandemia e no combate à ameaça climática global, em sua primeira reunião bilateral. Os dois também discutiram o relacionamento turbulento com a China.

“Para ambas as nossas nações, colocar a covid-19 sob controle em casa e em todo o mundo é a prioridade imediata”, afirmou Biden em anúncio conjunto após o encontro virtual.

O presidente norte-americano destacou que as duas nações irão trabalhar juntas para ajudar a prevenir futuras ameaças biológicas, fortalecendo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e cooperar para prevenir a Propagação de Armas e Materiais de Destruição em Massa.

“Também concordamos em trabalhar em estreita cooperação para fortalecer a segurança e resiliência da cadeia de abastecimento e garantir que o Canadá e os Estados Unidos estão promovendo uma recuperação econômica robusta que beneficia a todos, não apenas os que estão no topo”, disse ele.

Trudeau elogiou Biden por voltar rapidamente ao acordo climático de Paris, um pacto mundial para reduzir as emissões climáticas do qual o ex-presidente Donald Trump se afastou no início de seu mandato. Os dois concordaram em trabalhar juntos para alcançar a meta de zero emissão líquida de carbono até 2050.

“O Canadá e os Estados Unidos não são apenas parceiros vitais, somos Aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) comprometidos com a defesa compartilhada”, disse Biden.

O presidente dos Estados Unidos prometeu ajudar os canadenses Michael Spavor e Michael Kovrig. Os dois homens estão detidos na China desde 10 de dezembro de 2018, após a prisão do executivo da Huawei Meng Wanzhou a pedido dos Estados Unidos em Vancouver dias antes.

“Os seres humanos não são fichas de troca”, disse ele. “Vamos trabalhar juntos até obter o retorno seguro deles”, disse Biden após a reunião, embora não tenha dado detalhes sobre como os Estados Unidos poderiam ajudar além de reafirmar seu compromisso de se posicionar contra os abusos dos direitos humanos.

A China atacou o Canadá na semana passada por se juntar aos norte-americanos e 56 outros países ao endossar uma declaração que denuncia a detenção arbitrária patrocinada pelo estado de cidadãos estrangeiros para fins políticos.