Biden reforça necessidade de estímulos após relatório de emprego

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São Paulo – O presidente norte-americano, Joe Biden, disse que o relatório de emprego de abril mostra que a economia dos Estados Unidos está no caminho certo para a recuperação, mas sem apoio federal essa retomada não estará completa ou garantida.

“O relatório de emprego de hoje deve ser colocado em perspectiva. Ele nos mostra que a economia está caminhando na direção certa, mas que, claramente, ainda há um longo caminho a seguir na direção da recuperação”, disse ele em pronunciamento na Casa Branca.

Dados do Departamento do Trabalho norte-americano mostraram que a economia dos Estados Unidos criou 266.000 empregos em abril, bem abaixo dos 1 ,05 milhão de vagas esperada pelos economistas consultados pela Agência CMA e abaixo do dado revisado de março de 770.000 postos de trabalho. Já a taxa de desemprego subiu de 6,0% para 6,1% ante projeção de recuo para 5,8%.

“O pacote de estímulos foi desenhado para ajudar a economia em um ano. Não esperávamos que resolvesse todos os nossos problemas em 60 dias”, afirmou Biden, referindo-se ao pacote de alívio ao novo coronavírus de US$ 1,9 trilhão aprovado em março.

O presidente norte-americano contestou ainda especulações de que o relatório de abril tenha vindo mais fraco do que o esperado porque as pessoas não querem procurar empregos.

“A pandemia deixou uma lacuna de 8 milhões de postos de trabalho, que desapareceram e ainda não foram reabertos. As pessoas estão procurando empregos, mas não encontram. Isso mostra que a luta contra a pandemia não é uma corrida e sim uma maratona. Seus efeitos ainda são sentidos e levará algum tempo para que desapareçam”, disse.

Biden aproveitou a ocasião para defender a aprovação de sua proposta de US$ 2,3 trilhões para a infraestrutura. “Muita mais ajuda virá. Precisamos que o pacote para a infraestrutura seja aprovado, que empregos sejam criados, que nossas estradas, rodovias e aeroportos sejam remodelados. Essa é a única maneira de apoiarmos a recuperação da economia e não ficarmos para trás no cenário internacional”, acrescentou.