São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou a liberação de até 1 milhão de barris de petróleo por dia das reservas estratégicas de petróleo pelos próximos seis meses, em uma tentativa de controlar os preços que aumentaram desde que os Estados Unidos e seus aliados impuseram sanções rigorosas à Rússia.
“Nossos preços estão subindo por causa das ações de Putin. Não há oferta suficiente. E o resultado final é que, se queremos preços mais baixos de gás, precisamos ter mais oferta de petróleo agora”, disse Biden num discurso na Casa Branca.
Segundo Biden, a liberação das reservas pelos próximos seis meses é a maior já feita pelo país. A medida é uma tentativa de reduzir os preços dos combustíveis, ao mesmo tempo em que coloca um ônus sobre as companhias petrolíferas para aumentar a oferta.
Biden disse que decidiu a medida em consulta com parceiros ocidentais, que se juntaram aos Estados Unidos para impor sanções econômicas à Rússia.
“Estamos trabalhando com nossos aliados da Otan, parceiros europeus e, além disso, estamos reagindo”, disse o presidente norte-americano. “Até agora, essas ações estão incapacitando a economia russa, isolando Putin do mundo e ajudando os ucranianos a lutar por seu país”, completou.
É a terceira vez que Biden anuncia a liberação de reservas estratégicas de petróleo. Em novembro, ele autorizou a liberação de 50 milhões de barris num momento que os preços subiam antes do recesso de final do ano. Após o início da guerra na Ucrânia, os Estados Unidos e maios outros 30 países liberaram 30 milhões de barris, embora a medida tenha feito pouco para aliviar os preços em alta.
De acordo com o Departamento de Energia, na última sexta-feira (25), havia mais de 568 milhões de barris de petróleo nas reservas estratégicas dos Estados Unidos.