São Paulo – Os Estados Unidos estão preocupados com as ações cada vez mais agressivas da China ante Taiwan e seria um erro qualquer um tentar mudar o status quo na região pela força, disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
“O que estamos vendo e é realmente preocupante são ações cada vez mais agressivas do governo de Pequim direcionadas a Taiwan, aumentando as tensões no estreito”, disse Blinken, em entrevista ontem à “NBC”, ao ser questionado se os Estados Unidos estão preparados para defender Taiwan militarmente.
O secretário disse que não responder a questões hipotéticas. “Tudo o que posso dizer é que temos um compromisso sério com Taiwan ser capaz de defender a si mesma e um compromisso sério de manter a paz e segurança no Pacífico Ocidental”, disse. “Manteremos estes compromissos”.
Neste contexto, “seria um sério erro qualquer um tentar mudar este status quo pela força”, afirmou Blinken.
O secretário disse ainda que o fracasso da China em permitir acesso de especialistas globais de saúde em tempo real tornou a pandemia de covid-19 pior do que seria de outra forma, e que é importante “chegar ao fundo” da origem do novo coronavírus.
Ele reconheceu a responsabilidade dos Estados Unidos em garantir vacinações no mundo para impedir o desenvolvimento de mutações, citando apoio à inciativa global Covax, acordos para aumentar produção na Índia e envios de vacinas ao Canadá e México, mas disse que a prioridade é vacinar os norte-americanos.
As tensões tem aumentando entre os Estados Unidos e a China. Na quinta-feira, a China acusou os Estados Unidos pelas tensões após um navio de guerra norte-americano velejar perto de Taiwan.
Na sexta-feira, a Casa Branca disse que acompanha de perto as atividades militares chinesas no Estreito de Taiwan. “Temos expressado claramente de forma pública e privada nossas crescentes preocupações sobre a agressão da China contra Taiwan”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
“A China está tomando medidas cada vez mais coercitivas para minar a democracia em Taiwan. Vimos um aumento preocupante na atividade militar da China no Estreito de Taiwan, que nós acreditamos ser potencialmente desestabilizador. Portanto, estamos monitorando”, concluiu.