Blinken diz que EUA avalia com aliados sanções ao petróleo russo

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São Paulo – Os Estados Unidos estão conversando com aliados europeus sobre a proibição de importações de petróleo russo, disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
“Falei com o presidente dos Estados Unidos [Joe Biden] e os principais membros do Gabinete sobre isso e agora estamos em discussões muito ativas com nossos parceiros europeus sobre a proibição da importação de petróleo russo para nossos países, enquanto, é claro, tentamos manter um suprimento global estável de combustível”, disse Blinken ontem à rede de televisão NBC.
Questionado se os Estados Unidos proibiriam o petróleo russo “unilateralmente”, Blinken disse que “uma marca registrada de tudo o que fizemos até agora foi essa coordenação com aliados e parceiros. Somos muito mais eficazes juntos”.
Ele disse que há uma série de medidas adicionais que os Estados Unidos estão analisando para aumentar a pressão sobre a Rússia, mas não forneceu detalhes sobre quais seriam as novas medidas.
O Japão, que conta com a Rússia como seu quinto maior fornecedor de petróleo, também está em discussão com os Estados Unidos e países europeus sobre a possibilidade de proibir as importações de petróleo russo, informou a Kyodo News.
Questionado sobre um possível embargo às importações de petróleo russo em uma coletiva de imprensa regular na segunda-feira, o principal porta-voz do governo do Japão, Hirokazu Matsuno, se recusou a comentar sobre sua comunicação com os Estados Unidos.
Os preços do petróleo dispararam na semana passada depois que os Estados Unidos e seus aliados sancionaram a Rússia pela invasão.
Um grupo bipartidário de senadores norte-americanos apresentou um projeto de lei na quinta-feira para proibir as importações norte-americanas de petróleo russo. O projeto de lei está sendo acelerado e pode se tornar o veículo para as sanções.
Depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, a Casa Branca impôs sanções às exportações de tecnologias para as refinarias russas e para o gasoduto Nord Stream 2, que nunca foi lançado.
Até agora, no entanto, o governo norte-americano não mirou diretamente as exportações de petróleo e gás da Rússia, já que o governo Biden avalia os impactos nos mercados globais de petróleo e nos preços de energia dos Estados Unidos.