São Paulo – O Banco da Inglaterra (BoE) divulgou hoje sua decisão de política monetária e aumentou a taxa de juros para 0,5%, contra os atuais 0,25%, no intuito de apoiar a volta da inflação à meta de 2%.
Em sua decisão, o BoE ressaltou que a economia do Reino Unido continua a se recuperar, mas o surto de Ômicron fez com que as pessoas gastassem menos. “Desde então, a disseminação da Ômicron significou que as pessoas gastaram menos. Mas, à medida que o número de novos casos cai, esperamos que os gastos voltem a subir”, diz o banco.
Um dos principais motivos para o aumento da inflação, segundo o banco, foi o aumento dos preços de energia, assim como ocorre no resto da Europa. “Grandes aumentos nos preços do petróleo e do gás elevaram os preços da gasolina e contas de serviços públicos”.
Os preços mais altos dos bens que compramos no exterior também desempenharam um grande papel. À medida que as economias reabriram em todo o mundo, as pessoas começaram a comprar mais bens, ressalta o BoE.
De acordo com o banco central, esses efeitos devem continuar empurrando a inflação para cima. O BoE espera que a inflação suba para cerca de 7% nos próximos meses devido ao baixo desemprego, aumento dos salários e aumento dos preços da energia. Entretanto, deve começar a cair a partir do meio do ano.
Assim, o banco decidiu aumentar a taxa básica de juros para 0,5%. “Talvez precisemos aumentar um pouco mais as taxas de juros. Nosso trabalho é garantir que a inflação retorne à nossa meta de forma sustentável”, diz o BoE.
O banco espera que a inflação chegue perto da meta de 2% em cerca de dois anos. “Garantir que a inflação retorne à meta apoiará os empregos e a renda das pessoas”, diz o comunicado.
O BoE disse ainda que vai começar a reduzir gradualmente o programa de compra de ativos ao não reinvestir o dinheiro que recebe das obrigações vencidas.
