BofA corta preço-alvo da Ambev por expectativa de maiores custos e exterior difícil

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São Paulo – O Bank of America (BofA) cortou o preço-alvo da ação da Ambev por uma expectativa de R$ 16/US$ 3,0, de R$ 18/US$ 3,5 para incorporar uma previsão de ganhos limitada por maiores custos no segundo semestre, além de por margens limitadas e internacional mais difícil em 2023.

Segundo os analistas, embora a administração da empresa esteja otimista quanto ao desempenho do setor, eles não veem espaço para revisão de lucros para cima neste momento e mantém as estimativas para 2022 praticamente inalteradas, com expectativa de desempenho da receita líquida volátil no 2S22, com volumes 9% abaixo do ano anterior no 3T22, e um 4T mais forte devido à Copa do Mundo e demanda mais forte do período. Eles também estimam aceleração do custo caixa por hectolitro (hl) no 2S22 em relação ao primeiro semestre, dada a alta dos preços das commodities.

Para 2023, a análise reduziu as estimativas devido à recuperação de margem limitada e cenário internacional desafiador, principalmente na Argentina.

“Reiteramos nosso rating Neutro e ajustamos nossas estimativas e PO pós 2T22. Embora os lucros devam melhorar além do quarto trimestre, esperamos que a recuperação seja gradual, enquanto o aumento dos níveis atuais é limitado. Reduzimos nosso ebitda ajustado para 2023 em 2,2% para R$ 24,7 bilhões (5% abaixo do consenso da Bloomberg) e ganho por ação em 6,6% para R$ 0,78 (9% abaixo do consenso); e o preço-alvo para R$ 16/US$ 3,0 de R$ 18/US$ 3,5. Aumentamos nossa premissa de taxa livre de risco para 3,25% de 2,2%, em linha com a previsão dos economistas do BofA para Tesouro dos EUA e reduzimos nossa meta de P/L de 20 vezes em 2022 para 18 vezes em 2023, para refletir o maior custo de capital”, finalizaram.