BofA corta preço-alvo das ações de Vale, CSN, CMin e CBA e ações caem

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São Paulo – O Bank of America (BofA) cortou os preços-alvo de Vale, CSN, CSN Mineração e Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) adotando uma postura mais cautelosa com as commodities, diante das preocupações com a desaceleração da economia global.

O relatório cita que os produtores de aço estão sob pressão na China, nos EUA e na Europa devido aos ventos cíclicos contrários e que o minério de ferro deve passar para o excedente, reforçando a visão de baixa do BofA e a previsão de preços médios de US$ 95 por tonelada em 2023.

Para o níquel, os analistas apontam que as operadoras da China vêm aumentando a capacidade de conversão na Indonésia, sugerindo que o mercado provavelmente estará melhor abastecido no próximo ano, e veem os preços da commodity em média US$ 24.440/t este ano e US$ 18.750/t em 2023.

Com isso, o preço-alvo das ações ordinárias da Vale passou de R$ 106 para R$ 99, enquanto o do recibo de ação (ADR) negociado na bolsa de Nova York caiu de US$ 20 para US$ 19. A recomendação neutra foi mantida para os dois tipos de papel.

Para CSN, o BofA cortou o preço-alvo de R$ 25 para R$ 23 por ação ordinária e a ADR passou de US$ 4,80 para US$ 4,40, com a recomendação seguindo neutra para ambos papéis.

Já para a CBA, o banco reduziu o preço-alvo para R$ 18, de R$ 20, mantendo a compra, dado o valuation atraente da companhia e os fundamentos positivos.

A análise indica que, apesar de manter as previsões para o preço do minério de ferro inalteradas a partir do segundo semestre deste ano, o ajuste de marcação a mercado do 2T22 reduziu as estimativas da CSN Mineração (CMIN) devido aos ajustes de preços provisórios negativos que agora projetam para os resultados do 2T.

“Ao todo, nossa estimativa de ebitda para a CSN Mineração em 2022 caiu para R$ 8 bilhões e nosso preço-alvo para R$ 4,7/ação, também reduzindo nossas projeções da CSN, agora o ebitda para 2022 é de R$ 16 bilhões, e preço-alvo para R$ 23 por ação (US$ 4,40/ADR). Mantemos nosso rating “Underperform” na CMin devido à nossa visão mais baixista do minério de ferro e preocupações com a alocação de capital. O rating da CMin também se espalha em sua controladora CSN, mas a dinâmica relativamente melhor na divisão de aço nos mantém em neutro”, explicam.

A análise também cita preferência pela exposição à Gerdau e à CBA, mas reconhece que o cenário macro desafiador pode continuar pesando sobre as ações no curto prazo.

No fechamento do pregão desta sexta-feira, os papéis de CBA (CBAV3), CSN (CSNA3), Vale (VALE3), CSN Mineração (CMIN3) e Gerdau (GGBR4) caíram 5,95%, 2,89%, 2,57%, 0,80% e 0,38%, respectivamente, influenciando a queda de 0,43% do Ibovespa.