São Paulo – O Bank of America (BofA) vê espaço para novos aumentos dos preços de aço e aos ganhos das siderúrgicas ao longo do ano devido à forte demanda da região e elevou os preços-alvo e reiterou as recomendações, de compra, para Usiminas e CSN e neutra, para Gerdau, em sua prévia de resultados do primeiro trimestre.
“Esperamos trimestres fortes para o grupo e respostas focadas no uso de caixa para expansão ou retorno aos acionistas”, disse a analista Timna Tanners, em relatório.
A casa se mantém particularmente construtiva em uma maior recuperação do lado do consumidor e em automóveis, pois considera que o setor de construção já se beneficiou de estímulos governamentais, que podem ser insustentáveis a longo prazo.
Para a Usiminas, a expectativa é de melhorar a demanda e os preços de chapas, alta nos custos acima do normal compensada pelo religamento do alto-forno 3 da planta de Ipatinga (MG), além da proteção oferecida pela operação de mineração. Considerando volumes mais baixos no Brasil e preços mais altos de aço, o BofA subiu o preço-alvo para R$ 26 por ação, de R$ 18, de US$ 4,70 por ADR, de US$ 3,30 antes.
No caso da CSN, a melhor avaliação incorpora a estimativa de forte resultado trimestral, impulsionado pela força de preço dos segmentos de minério de ferro e aço. O preço-alvo subiu para R$ 53 de R$ 45 por ação e US$ 9,50, de US$ 8,00 para as ADRs.
Por fim, em relação a Gerdau, a análise vê risco de declínio na demanda de construção, mas mantém sua visão de estabilidade para a companhia no primeiro trimestre devido à alta de preços para aços especiais e volumes, e os preços-alvos sobem a R$ 35/US$ 6,50, de R$ 30/US$ 5,60.
Às 15h42 (horário de Brasília), as ações USIM5 e GOAU4 caíam 0,85% e 0,66%, e eram negociadas a R$ 22,02, R$ 14,99, enquanto GGBR4 e CSNA subiam 0,18% e 0,36%, a R$ 33,36 e R$ 48,90.