Bolsa e dólar caem na penúltima sessão do ano

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São Paulo – O Ibovespa encerrou a sessão de hoje com queda de 0,57% aos 116.533,98 pontos, no penúltimo pregão do ano. O mercado seguiu o dia de correção devido ao final do ano e após a alta de ontem, quando o índice acabou encerrando as negociações com recorde histórico de pontuação.

“O cenário externo ainda é positivo após o acordo comercial entre os Estados Unidos e a China, o que nos leva a crer que a queda de hoje é pontual, é apenas uma reposição de carteiras e com alguns investidores aproveitando o final de ano para rever seus lucro”, explicou um operador de mesa de renda variável de uma grande corretora.

Entre as maiores altas do Ibovespa, as ações ordinárias da MRV (MRVE3) encerraram a sessão com ganho de 1,90%, seguida pelas ações ON da CVC Brasil (CVCB3), com valorização de 1,44% e pelas ações ordinárias da Weg (WEGE3), com avanço de 1,40%.

Por outro lado, entre as maiores quedas do Ibovespa ficaram as ações ordinárias da B3 (B3SA3), com desvalorização de 5,23%, seguida pelas ações ordinárias da CSN (CSNA3), com retração de 3,72% e as ações ordinárias da Via Varejo (VVAR3), com recuo de 2,54%.

Mais cedo, em relatório, o analista da Mirae Asset, Pedro Galdi, destacava que o Ibovespa enfrentaria volatilidade nessas últimas sessões do ano, mas lembrou que “não há notícias negativas no radar, seja aqui como lá fora”.

O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com queda de 0,29%, sendo negociado a R$ 4,0510 para venda. A moeda norte-americana chegou a oscilar no final da manhã, sem rumo definido, mas firmou-se em queda e seguiu assim até o final impulsionada pelo ambiente externo mais favorável.

“O ambiente externo ainda reflete o acordo comercial entre a China e os Estados Unidos. Isso trouxe um alívio aos investidores que passaram a buscar mais risco, reduzindo o preço do dólar comercial nas economias mais emergentes. Aqui no Brasil, só nessa semana o dólar recuou pouco mais de 1%”, explicou um operador de mesa de uma grande corretora.

O estrategista-chefe do banco Mizuho, Luciano Rostagno, também destacou que as notícias externas positivas dão continuidade ao otimismo exibido ao longo do mês em meio aos avanços nas negociações das tratativas comerciais entre Estados Unidos e China.

“Diante disso, estamos a caminho da quarta semana seguida de desvalorização do dólar frente ao real”, diz. Depois de valorizar 5,6% em novembro, a moeda estrangeira deve devolver parte desse ganho neste mês reagindo ao arrefecimento da guerra comercial.