São Paulo -A Bolsa interrompeu cinco sessões de queda e fechou em alta, conseguiu se sustentar no patamar dos 130 mil pontos, com as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o arcabouço fiscal.sobre melhora fiscal
Somado a isso, a desaceleração do rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano-treasuries-ajudou a impulsionar o índice.
Ao lado de Campos Neto, em um evento em Washington, nos Estados Unidos, Haddad disse que a revisão do corte de despesas se refere a um reforço do arcabouço fiscal e não uma reformulação.
A Petrobras (PETR4) subiu 0,67%. Vale (VALE3) registrou alta de 0,58%, antes da divulgação do resultado do 3T24, após o fechamento do mercado. O Itaú (ITUB4) avançou 0,90%. Magazine Luiza (MGLU3) acelerou 3,30%.
O principal índice da B3 subiu 0,64%, aos 130.066,95 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em dezembro avançou 0,94%, aos 131.975 pontos. O giro financeiro foi de R$ 18,1 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos.
Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, disse que a queda das treasuries, falas do Haddad e do Campos Neto ajudaram na melhora da Bolsa.
“Quando as treasuries desaceleraram, o movimento no Brasil veio também [alta da bolsa, fechamento na curva de juros e recuo do dólar]. Isso foi bem próximo às falas do Haddad sobre melhora fiscal e do Campos Neto sobre exagero do mercado”.
Charo Alves, especialista da Valor Investimentos, disse a Bolsa opera perto da estabilidade “com a expectativa maior de corte de juros pelo Fed nas próximas duas reuniões -novembro e dezembro-. Se isso se concretizar, a onda é positiva no curto prazo pra bolsa. Aqui, o mercado se preocupa com os gastos públicos e endividamento que podem trazer a inflação mais à frente. O mercado tem um tom conservador, com o fluxo indo mais pra renda fixa que para a bolsa”.
Mais cedo, foi divulgado o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,54% em outubro na comparação mensal, acima das expectativas de 0,50% segundo o Termômetro Safras. No acumulado em 12 meses, até outubro, a variação foi de 4,47%, acima do número anterior, de 4,12%.
Mais cedo, a análise da Ativa Investimentos mostrou que a abertura do dado foi ” desfavorável em termos qualitativos. Isso se refletiu na média dos núcleos, que registrou uma variação de +0,43%, acelerando a métrica em 12 meses, de 3,6% para 3,8%. As implicações para a política monetária reforçam a expectativa de que o BC irá acelerar o ritmo de aumento da Selic para 50bps na próxima reunião. Para o IPCA “fechado” de outubro, devido à queda nas passagens aéreas, o efeito preliminar foi baixista, mas avaliamos que, após uma revisão minuciosa, deveremos chegar a uma projeção final superior aos 0,56% projetados ontem”.
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,50%, cotado a R$ 5,6623, perto da mínima do dia -R$ 5,6618- puxado por declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o fortalecendo do arcabouço fiscal.
Em relação ao arcabouço fiscal, o ministro disse que “se trata de reforçar e não reformular” as medidas do arcabouço fiscal. Haddad participou do G-20 em Washington.
A melhora da divisa se deu perto do fechamento. Ao longo do pregão, a moeda norte-americano operou praticamente em alta refletindo as eleições americanas e o fiscal interno.
Segundo o sócio da Top Gain Leonardo Santana, “o câmbio está bem comprador, com dificuldade para subir. Com esta semana fraca de indicadores, ele fica lateralizado”.
Para o diretor de câmbio da Ourominas, Elson Gusmão, caso o canPara o diretor de câmbio da Ourominas, Elson Gusmão, caso o candidato Donald Trump seja eleito, existe um temor de que sejam adotadas medidas protecionistas, o que resulta em busca por proteção do investidor no dólar, valorizando, assim, a moeda.
Gusmão também observa que o fiscal brasileiro não terá credibilidade enquanto o governo não anunciar e executar medidas de corte de gastos. didato Donald Trump seja eleito, existe um temor de que sejam adotadas medidas protecionistas, o que resulta em busca por proteção do investidor no dólar, valorizando, assim, a moeda.
Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. O movimento teve início após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defender o cumprimento do arcabouço fiscal, em evento em Washington, Estados Unidos.
Por volta das 16h46 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 11,224% de 11,230% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2026 projetava taxa de 12,600%, de 12,765%, o DI para janeiro de 2027 ia a 12,710%, de 12,960%, e o DI para janeiro de 2028 com taxa de 12,720% de 12,970% na mesma comparação. O dólar operava em queda de 0,43%, cotado a R$ 5,6663.
No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo misto, com a Nasdaq em destaque positivo após os surpreendentes resultados de seu balanço no último trimestre e suas previsões de vendas elevadas aumentaram as esperanças de uma forte temporada de ganhos.
Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:
Dow Jones: -0,33%, 42.174,36 pontos
Nasdaq 100: +0,76%, 18.415,5 pontos
S&P 500: +0,21%, 5.809,86 pontos
Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Agência Safras News