São Paulo, 21 de janeiro de 2025 – A Bolsa fechou em alta, no patamar dos 123 mil pontos, mas ao longo do dia oscilou entre a máxima de 123.461,68 pontos e a mínima de 122.289.95 pontos, em um pregão marcado pelas incertezas que rondam os próximos passos do presidente recém-empossado dos Estados Unidos, Donald Trump.
Para o head de renda variável da Veedha Investimento, Rodrigo Moliterno, as primeiras ações do governo Trump foram mais brandas do que se imaginava inicialmente.
No cenário doméstico, aponta Moliterno, existe um clima de cautela com o cenário político e fiscal.
O principal índice da B3 subiu 0,39%, aos 123.338,34 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em fevereiro avançou 0,40%, aos 124.180 pontos. O giro financeiro foi de R$ 16,6 bilhões.
A queda das ações da Vale e Petrobras pesam um pouco, e o cenário corporativo vai tomar protagonismo, ainda nos Estados Unidos e logo mais aqui. A Bolsa segue descontada, com papéis a preços da época da pandemia e algumas ações podem atrair fluxo olhando os balanços do 4º trimestre de 2024, e um deles seria a Vale.
Os relatórios de grandes bancos indicando corte no preço-alvo de alguns papéis movimentam o mercado. Além disso, o setor de frigoríficos está sendo impactado pela gripe aviária nos Estados Unidos.
O Morgan Staleny rebaixou as ações da Cemig (CMIG4) para venda e preço-alvo de R$ 11, o papel caía 0,37%, a R$ 10,54. O banco estrangeiro também rebaixou os papéis da Engie Brasil (EGIE3) e preço-alvo R$ 36, ação tinha alta de alta de 0,22%, a R$ 35,40.
O Bradesco BBI cortou preço-alvo de Ambev (ABEV3) de R$ 13 para R$ 12 e recomendação neutra, mas o papel subia 1,35%, cotado a R$11,20. Gerdau (GGBR4) anunciou programa de recompra de 63 milhões de ações, o que faz o papel subir 1,36%.
Em relação ao novo governo de Trump, Caldeira disse que o presidente foi menos agressivo em relação às tarifas de importação, e que os 100 primeiros dias de governo serão muito importante e podemos ter atualização sobre isso.
O dólar comercial fechou em queda de 0,18%, cotado a R$ 6,0312. A moeda refletiu, ao longo da sessão, a falta de um driver específico e a agenda esvaziada tanto aqui quanto lá fora.
Segundo o analista da Top Gain Leonardo Santana, o dólar está “encaixotado”, e que a agenda esvaziada faz com que a moeda fique próxima ao zero.
Para o economista-chefe do Banco Bmg, Flávio Serrano, os mercados estão devolvendo parte da queda de ontem: “Aqui tem um vazio de agenda política, uma falta de novidades”, opina.
As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecham em alta o pregão desta terça-feira impactadas pelas incertezas ressaltadas pelo início do governo de Donald Trump e seu discurso de posse.
Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,955 de 14,925% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 15,175%, de 15,130%, o DI para janeiro de 2028 ia a 15,067%, de 15,070%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 15,050% de 15,015% na mesma comparação. O dólar opera em alta, cotado a R$ 6,0312 para venda.
Os principais índices de ações do mercado dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo positivo, com o Dow Jones ultrapassando novamente os 44 mil pontos e o S&P 500 superando o nível de 6 mil, enquanto os investidores digeriam as primeiras ações políticas do presidente Donald Trump, com tarifas prometidas sobre o México e o Canadá no centro das atenções.
Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:
Dow Jones: +1,24%, 44.025,81 pontos
Nasdaq 100: +0,64%, 19.756,8 pontos
S&P 500: +0,87%, 6.049,24 pontos
Com Paulo Holland / Camila Brunelli / Darlan de Azevedo (Safras News)
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