São Paulo, 23 de janeiro de 2025 – A Bolsa fechou em queda pressionada, principalmente, pelo desempenho da Vale (VALE3; -0,64%) e Petrobras (PETR3 -0,92% e PETR4 -0,70%), que têm forte peso no índice Ibovespa.
O analista da Potenza Capital Bruno Komura disse que o desempenho da Bolsa reflete os ruídos políticos internos, com o temor de que o governo adote uma postura populista visando as eleições de 2025.
A performance ruim das commodities, observa Komura, também têm impacto no cenário de hoje.
Os bancos caíram em bloco, com exceção do Banco do Brasil (BBAS3) que fechou em alta de 2,25%.
O principal índice da B3 caiu 0,39%, aos 122.483,32 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em fevereiro recuou 0,50%, aos 123.125 pontos. O giro financeiro foi de R$ 14,7 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam no positivo.
Daiane Gubert, head de assessoria de investimentos da Melver, disse que a bolsa operava de lado no meio da tarde em uma semana esvaziada de notícias e com Donald Trump no radar.
“A bolsa corrige um pouco. O mercado está vivendo o efeito Trump, com otimismo especialmente com a fala sobre a China na questão de tarifas. Ele vai trabalhar com gradualismo em relação à política tarifária, o que é positivo porque a economia se reorganiza. O mercado espera por seu discurso [Trump] em Davos. Aqui continuam os desafios fiscal e inflação. Amanhã tem IPCA-15 de janeiro. Os dados de desemprego forte corroboram com decisão do Fed”.
O dólar comercial fechou em queda de 0,36%, cotado a R$ 5,9250. A moeda refletiu, ao longo do dia, certa animação de que a gestão de Donald Trump não crie diversas barreiras tarifárias, como se previa inicialmente.
O discurso ponderado de Trump está refletindo nas taxas de juros americanas, fazendo com que o temor de disparada da inflação diminua: “Este movimento deve continuar a curto prazo”, avaliou o analista da Potenza Capital Bruno Komura.
Para o sócio da Pronto! Invest Vanei Nagem, a sessão de ontem teve muita realização, com os indícios de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não praticar uma política comercial agressiva.
Nagem observa que o fluxo estrangeiro na Bolsa também contribui com um dólar mais enfraquecido, e que a divisa tem espaço para quebrar a barreira dos R$ 5,9 até amanhã: “Houve um exagero”, opina.
As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta. O movimento se dá por conta de uma percepção por parte do mercado de que o arcabouço fiscal não ser cumprido no longo prazo.
Os principais índices de ações do mercado dos Estados Unidos fecharam o pregão em alta, com S&P próximo a níveis recordes, enquanto os investidores acompanhavam atentamente as declarações do presidente Donald Trump, que discursou no Fórum Econômico Mundial em Davos.
Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:
Dow Jones: +0,92%, 44.565,07 pontos
Nasdaq 100: +0,22%, 20.053,7 pontos
S&P 500: +0,53%, 6.118,71 pontos
Soraia Budaibes, Paulo Holland, Camila Brunelli e Darlan de Azevedo (Safras News)
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