Brasília – O presidente Jair Bolsonaro deixou de interditar o debate sobre a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), afirmou o ex-secretário especial da Receita Federal Marcos Cintra, em live promovida pelo BTG Pactual. “Eu saí do governo porque o presidente da República interditou o debate. Agora, ele não só está deixando rolar, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, está vendo uma alternativa viável e o consenso está voltando”.
Em relação à proposta de reforma tributária enviada ao Congresso pelo governo, Cintra acredita que ela é mais viável do que as PECs 45 e 110 já em tramitação no Congresso. “A reforma tributária do Executivo é mais viável do que projetos do Congresso. Lá na frente, podem se unificar novamente”, avaliou.
Segundo o ex-secretário, tributos estaduais e federais devem ser discutidos separadamente para que a reforma tenha viabilidade. “Em termos de criação de novos impostos, o projeto de lei 3887 não exclui a PEC 45, de trabalhar tributos do Estado. A PEC 45 pode seguir, mas tributos estaduais e federais devem ser discutidos separadamente. Aí eu vejo que tem viabilidade”.